Jogadores recriam mundo do funk e roupas usadas em 'rolezinhos' no game GTA

A moda ostentação, estilo oficial dos "rolezinhos", desfila livremente pelos domínios dos videogames. Especialmente nas ruas de Los Santos, cidade fictícia baseada em Los Angeles da série de jogos "GTA", uma das mais vendidas do mundo.

É que graças a modificações (apelidadas "mods") feitas por jogadores nas versões para computador do game, a realidade virtual pode ser adaptada à vida em São Paulo.

É possível vestir camisetas, tênis, bonés e óculos de marcas cultuadas por jovens, como Hollister, Mizuno, Quiksilver e Evoke. Mais: seu protagonista pode ter a cara de funkeiros como o MC Guimê (intérprete de "Plaque de 100") e Rodolfinho ("Como É Bom Ser Vida Loka").

E vale avisar que, se a polícia aparecer, vai ser com uniforme, moto e camburão da Polícia Militar paulista.

A confecção dessas bermudas e desses carros rebaixados é feita com a utilização de programas como "Photoshop", "3Ds Max" e "ZModeler" —grande parte por "hobby".

"É só zoeira mesmo, uma diversão", conta o responsável por um desses sites, um estudante que preferiu não se identificar e aprendeu a manusear essas ferramentas por meio de tutoriais na rede (ele diz não pretender fazer da prática profissão).

Não que falte mercado para desenvolvedores de jogos: "GTA 5", o mais recente, foi lançado em 2013, vendendo 11,2 milhões de cópias em seu primeiro dia de comercialização -em três dias, faturou US$ 1 bilhão.

O material está disponível grátis na internet e a maioria dos fabricantes não coíbe a prática, que pode ser feita em outros jogos. Para instalar, não é necessário ser hacker e o processo é rápido, diz quem faz. O que não quer dizer que seja fácil.

A sãopaulo tentou três vezes até conseguir sair pela cidade na pele virtual do MC Guimê.

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