Os apartamentos de dois dormitórios foram os mais vendidos em São Paulo nos últimos três anos, segundo dados da plataforma imobiliária digital VivaReal. Esse tipo de imóvel representou 60% de todas as unidades vendidas na cidade.
Entre outubro de 2014 e setembro de 2017 foram lançadas 44.460 unidades de dois dormitórios em São Paulo. Dessas, 14.264 não foram vendidas –uma taxa de 32%.
Esse percentual é similar ao dos apartamentos de um dormitório não vendidos (33%), com a diferença de que foram lançadas apenas 17.607 unidades do tipo nesse mesmo período.
Márcio Kato/Divulgação | ||
Apartamento decorado do Nun Vila Nova, empreendimento da Helbor na Vila Nova Conceição |
Compradores de imóveis de dois dormitórios buscam apartamentos compactos -90% dos imóveis do tipo vendidos tinham áreas entre 41 m² e 50 m².
"Esse perfil mais compacto tem se tornado mais comum, tanto por questão econômica quanto social. Cada vez mais vemos solteiros, casais sem filhos, idosos, pessoas que se divorciam e até executivos em busca desse tipo de imóvel", afirma Lucas Vargas, CEO do VivaReal.
Para quem busca um imóvel para investimento, tamanho é um fator importante. "Não necessariamente os imóveis menores têm valor relativo do aluguel melhor, mas tendem a ter uma demanda maior por locação, o que, no fim, pode elevar o valor de locação em relação ao valor de venda", diz Vargas.
Localização e boa oferta de mobilidade são os principais fatores citados por quem quer investir. "Estar próximo do metrô e das regiões que concentram os postos de trabalho é crucial. Os apartamentos que oferecem boa mobilidade têm um aluguel em torno de 40% a 50% maior do que um apartamento no miolo de um bairro", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).
Na hora de comprar é preciso também observar a oferta de imóveis na região, diz João Henrique, diretor da Lopes. Se estiver muito alta, pode ser difícil revender o apartamento com lucro atraente. Além disso, o preço do imóvel faz toda a diferença para o sucesso do negócio. A recomendação é pesquisar bem e comparar preços e condições.
Segundo Petrucci, hoje há mais investidores que compram imóveis para incorporar ao seu patrimônio e alugar do que aqueles que compram para revender.