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Novo esportivo da Honda, Civic Type-R é feito para pistas de corrida

Câmbio manual, suspensão rígida, turbo. Para os amantes de carros com pegada esportiva, essa equação já seria suficiente. Mas ela ainda empolga ainda mais dentro de um hatch da linha Civic com cinco letras vermelhas na traseira: Type-R.

Foram apenas duas voltas em um circuito fechado no centro de desenvolvimento da Honda em Tochigi, a 102 quilômetros de Tóquio, no Japão. Ao entrar no carro, já é possível ter a dimensão do esportivo -o banco tipo concha tem espuma dura e deixa o motorista em posição baixa.

O volante fica do lado direito (posição padrão no Japão) e causa estranheza. O câmbio é manual, de seis marchas, enquanto o motor é o mesmo da geração anterior. Só que o modelo 2.0 com quatro cilindros e turbo ganhou 10 cv a mais e agora entrega 320 cv de potência, além de muito torque. Números que se refletem na pista, em respostas quase imediatas às acelerações -e também nos trancos a cada pisada ou mudança de marcha.

A direção pesada reforça a sensação de que se está a bordo de um modelo de competição. Ou seja: nas ruas, essa rigidez vai incomodar.

O hatch gruda no asfalto nas curvas, fruto da carroceria 38% mais rígida que a da geração anterior, e da suspensão com acerto mais duro em relação ao Civic "normal". Na frente, os amortecedores e os pontos de fixação do motor foram modificados para minimizar as vibrações provocadas pela máquina.

O Honda tem um seletor com três opções de configuração, que mudam o comportamento da transmissão e as respostas do carro. Na +R, o motor trabalha em giros elevados, e basta uma leve pisada no pedal para o carro dar um salto para frente. Há ainda os modos Comfort, para uma condução mais calma, e Sport, intermediária.

VISUAL

O Type-R traz equipamentos que reforçam a esportividade, como o aerofólio traseiro e a entrada de ar sobre o capô. O Civic tem freios da marca italiana Brembo, com pinças vermelhas que chamam a atenção em contraste com as rodas escuras.

O câmbio justo e com as duas primeiras marchas bem curtas foi pouco acionado durante as voltas na pista. O torque está sempre disponível numa ampla faixa de rotações, e o trajeto foi feito praticamente inteiro em terceira ou quarta marcha.

A avaliação foi tão rápida quanto o carro, que tem chances de acelerar pelo Brasil. A Honda estuda importá-lo para ser o seu veículo mais caro no país, onde deverá custar mais de R$ 200 mil. Se isso ocorrer, será apenas no fim de 2018. A ideia é que o Type-R funcione como vitrine tecnológica e de esportividade da marca no mercado nacional.

SEM MOTORISTA

O Type-R mostra os limites de um carro pensado para pilotos, mas a Honda também quer desenvolver tecnologias para que a máquina esteja no comando. Autônomos são outro ponto no plano de negócios da fabricante.

"Disponibilizaremos tecnologias de condução automatizada em 2020. A partir de então, queremos oferecê-las para uso em raios mais amplos, inclusive em estradas regulares", diz Takahiro Hachigo, presidente da Honda.

O jornalista viajou a convite da Honda Brasil

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