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Após dez anos, Yamaha Lander sobrevive entre motos modernas

Uma das motos há mais tempo em produção, a Yamaha XTZ 250, ou Lander, é uma "trail" (moto que pode ser usada no asfalto e na terra) veterana que não passou por grandes mudanças.

Com dez anos de mercado, foi a primeira de uso misto e média cilindrada a oferecer sistema de injeção eletrônica de combustível.

O tempo passou e a Lander manteve seu público fiel, assim como o design clássico e "magro"; uma fora de estrada tradicional.

Atualmente, concorrentes indiretas -como a Honda XRE 300 e até mesmo a Yamaha Teneré 250- oferecem ciclística mais urbana, enquanto que a Lander ficou como única proposta para quem busca uma moto mais robusta no que diz respeito a encarar terra ou obstáculos.

A Lander custa R$ 15.295, contra R$ 16.650 da Honda XRE 300 e R$ 16.390 da "irmã" Teneré 250 -preços sugeridos e sem o frete.

MUDANÇAS DISCRETAS

A última e maior mudança ocorreu em 2016, quando a Lander ganhou novos grafismos e painel digital mais completo, que manteve relógio e conta-giros e recebeu o sistema Eco, que ajuda o piloto a conduzir a moto de forma mais econômica.

Nessa época, o motor passou a ser flex. Entretanto, seu tanque, de apenas 11 litros, não é suficiente para ter uma boa autonomia com etanol.

Ao comparar uma Lander zero-quilômetro com o modelo lançado em 2007, tem-se a impressão de que a moto amadureceu bem. A suspensão de curso longo ignora boa parte dos obstáculos e confere firmeza em curvas. A silhueta longilínea proporciona agilidade no trânsito.

A posição de pilotar é relaxada e ereta, com banco elevado. Os espelhos igualmente altos passam sem sustos entre os carros. O guidão garante leveza nas manobras e tem amplo ângulo de esterço.

Boa parte da longevidade da trail no mercado se dá pela facilidade de condução e a mecânica simples.

O motor, de 249 cm³ e um único cilindro, tem refrigeração a ar -com radiador de óleo-, pistão forjado e cabeçote de duas válvulas, com manutenção descomplicada.

A transmissão de cinco marchas, combinada à injeção eletrônica bem calibrada, permite ultrapassar os 30 km por litro usando gasolina.

Embora o câmbio curto deixe a Lander ágil, uma sexta marcha seria bem-vinda nos percursos rodoviários.

A força do motor está disponível desde baixas rotações, com potência máxima de razoáveis 21 cv com etanol.

O sistema de freios, com um disco em cada eixo, não é dos mais poderosos, mas é bem modulado e adequado à proposta da moto. Não há opção de sistema ABS.

O assento estreito e com pouca espuma se mostra duro ao pilotar por mais tempo, o que obriga a mais paradas em viagens, e o motor tem vibração incômoda em velocidades altas.

Com boa aderência em diversos tipos de piso, os pneus de uso misto são um pouco ruidosos no asfalto.

Rodando em estradas de terra, o tanque "fino" e os apoios laterais permitem pilotagem de pé correta, junto das pedaleiras com cravos que aderem bem ao calçado.

Porém, por ser uma moto de acabamento mais "enxuto", e ter uma linha de produção antiga, sem grandes mudanças, a veterana poderia custar menos. A garantia da Lander 250 é de apenas um ano. As cores disponíveis são preto, azul ou vermelho.

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