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Membro de conselho da COP28 pede demissão após acusações contra Emirados Árabes

Hilda Heine, ex-presidente das Ilhas Marshall, disse que indícios de que Emirados Árabes usariam cúpula para vender petróleo são 'profundamente decepcionantes'

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Reuters

Uma integrante do principal conselho consultivo da COP28, conferência do clima da ONU, pediu demissão nesta sexta-feira (1º) devido a relatos de que a liderança dos Emirados Árabes Unidos planejava usar o evento para garantir acordos de petróleo e gás, de acordo com sua carta de demissão vista pela Reuters.

Ao renunciar, Hilda Heine, ex-presidente das Ilhas Marshall, disse que os relatos de que os Emirados Árabes planejavam discutir possíveis acordos de gás natural e outros acordos comerciais antes da conferência eram "profundamente decepcionantes" e ameaçavam minar a credibilidade do processo de negociação multilateral.

Hilda Heine, ex-presidente das Ilhas Marshall e conselheira da COP28; ela pediu demissão do grupo nesta sexta (1º) - Denis Balibouse - 20.jun.2019/Reuters

"Essas ações prejudicam a integridade da presidência da COP e o processo como um todo", escreveu Heine na carta que enviou ao presidente da COP, Sultan al-Jaber.

Ela acrescentou que a única maneira de Jaber restaurar a confiança no processo era "apresentar um resultado que demonstre que você está comprometido com a eliminação gradual dos combustíveis fósseis".

Jaber negou os relatos da BBC e do Centre for Climate Reporting.

Em resposta à demissão de Heine, um porta-voz da presidência da COP28 disse estar "extremamente decepcionado com a renúncia da Dra. Heine".

"Apreciamos seus conselhos ao longo do ano e gostaríamos que ela estivesse conosco aqui nos Emirados Árabes Unidos, comemorando a adoção de um fundo que apoiará os Estados insulares vulneráveis e os mais afetados pelos impactos climáticos", disse o porta-voz.

As negociações da COP28 começaram na quinta-feira com um acordo para criar um fundo de "perdas e danos" que já mobilizou milhões de dólares.

Heine foi uma figura proeminente nas negociações globais sobre o clima, representando os países mais vulneráveis aos impactos climáticos e uma das principais vozes no pedido de criação de um fundo para ajudar esses países.

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