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Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Imagem de Bolsonaro como homem honesto está destruída

O capitão volta ao tempo da caserna, quando tinha fama de muambeiro

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Para desviar a atenção do escândalo das joias, vale tudo. Até subir na tribuna da Câmara de peruca e completar o papel ridículo atacando mulheres trans no Dia Internacional da Mulher. O exibicionismo do deputado federal de extrema direita, o mais votado do país nas últimas eleições, visava testar os limites do novo Congresso e reverter a situação nas redes. Em seu campo preferido de atuação, o bolsonarismo se vê encurralado com postagens em tom de denúncia e com pedidos de explicações e cumprimento da lei.

Flávio Bolsonaro também tentou uma manobra diversionista. Anunciou o que seria a volta triunfal do papai, que em dezembro se mandou para os EUA, torrando dinheiro dos cofres públicos e implorando um encontro com Trump. Marcou a data: dia 15 deste mês. Com a repercussão negativa, apagou o tuíte 14 minutos depois.

O estilo da publicação estava revestido de bolor: "O nosso Johnny Bravo volta para o Brasil. Já pode pendurar a bandeira verde e amarela e vestir as cores do nosso país. Juntos, vamos fazer uma oposição forte e responsável". O senador foi cobrado objetivamente sobre a série de ações na Justiça Eleitoral que devem resultar na perda dos direitos políticos do ex-presidente.

Apenas os fanáticos da seita –que passaram pano para as rachadinhas, o cheque de Queiroz para a primeira-dama, os imóveis comprados com dinheiro vivo, o orçamento secreto e a corrupção dos pastores na Saúde– acreditam na salvação de Bolsonaro. Sua imagem de homem simples e honesto está destruída. O PL já o abandonou; tenta agora investir na improvável candidatura a presidente de Michelle Bolsonaro.

Revelada com depoimentos e imagens, a operação para liberar o pacote de joias milionárias envolveu assessores do ex-presidente, militares e a cúpula da Receita Federal. Longe do poder, o capitão volta ao tempo da caserna, quando gozava a fama de açambarcador e muambeiro.

Joias que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente para o Brasil - Reprodução / TV Globo

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