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A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (1) dois suspeitos por assaltos na rua Frei Caneca, na região central de São Paulo, conhecida como um reduto LGBT e que desde 2017 tem sido alvo de criminosos que roubam e, por vezes, também agridem as vítimas.
A dupla suspeita, de 23 e 18 anos, foi reconhecida por um publicitário, que foi espancado por três bandidos (um terceiro ainda não foi identificado) durante uma tentativa de assalto em 30 de março.
O setor de investigações do 4º DP (Consolação) afirma que a prisão ocorreu depois de policiais militares receberem uma denúncia de que ladrões estariam vivendo em um prédio invadido na avenida Nove de Julho.
A dupla, que estava no local, foi encaminhada à delegacia, onde investigadores realizaram pesquisas para identificar os dois suspeitos e verificaram que eles já haviam sido detidos por roubo na rua Frei Caneca no dia 7 de julho.
“O publicitário reconheceu, sem sombra de dúvida, os dois como seus agressores”, afirmou Milton Toschi Júnior, delegado titular do 4º DP.
Segundo imagens de câmera de segurança, o publicitário, de 31 anos, foi abordado por três suspeitos. Os criminosos não conseguiram assaltar a vítima e, por isso, a espancaram com socos na barriga, rosto e, em seguida fugiram. A dupla presa nega o crime, segundo a polícia. A Justiça decretou a prisão temporária da dupla, válida por cinco dias.
A polícia diz que organiza todas as ocorrências de roubo na Frei Caneca para que eventuais vítimas da dupla possam fazer reconhecimento.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), sob gestão de Márcio França (PSB), foram registrados 1.462 roubos na região da Consolação no primeiro semestre deste ano —média de 8 por dia.
A pasta afirma que houve uma diminuição de 10% de casos na comparação com igual período do ano passado.
Em relação especificamente à rua Frei Caneca, a reportagem obteve dados com integrantes da cúpula da segurança apontando que, nos três primeiros meses do ano, foram registrados 75 roubos, acréscimo de 21% em relação ao mesmo período de 2017.
Os dados oficiais não conseguem medir, no entanto, a extensão exata do problema, já que muitas vítimas não procuram a polícia.
Em julho, um estudante universitário foi baleado e morto durante uma tentativa de roubo de telefone celular, após chamar um carro por aplicativo e ser abordado por dois criminosos na rua Frei Caneca.