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Brasileiro diz ser dono de quadro de Van Gogh no exterior que vale R$ 25 mi

Gustavo Soler briga na Justiça pela propriedade de 'A Leitora de Romances', exposta agora em museu de Detroit

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Washington | AFP

Uma obra de Van Gogh se tornou objeto de discórdia. Um colecionador brasileiro, Gustavo Soler, pede que lhe devolvam a tela, que ele alega ter comprado em 2017 e perdido por anos, até que a localizou em um museu nos Estados Unidos, onde está exposta.

A empresa Brokerarte Capital Partners, cujo único membro é Soler, é autora de um processo aberto em um tribunal americano. Soler compra, vende e coleciona obras de arte.

A tela de Van Gogh reivindicada pelo colecionador brasileiro, em leilão da Christie's - Odd Andersen -17.jun.2005/AFP

A história é rocambolesca. Em maio de 2017, o brasileiro adquiriu "Une Liseuse de Romans" —também conhecida como "A Leitora de Romances" ou "A Dama Leitora"—, pintada pelo mestre do pós-impressionismo em 1888.

Na ação judicial, consultada pela agência de notícias AFP, Soler afirma que, depois que comprou o quadro, um terceiro, que não identifica, "imediatamente tomou posse" do mesmo, sem que ele tenha cedido a propriedade.

Passaram-se anos, conta, sem que ele soubesse o paradeiro da pintura, até que, recentemente, ele descobriu que ela estava exposta no Instituto de Artes de Detroit, ou DIA, na sigla em inglês, como parte da grande mostra "Van Gogh na América", que termina em 22 de janeiro.

Por medo de que a partir dessa data o museu transfira o quadro ou o entregue a um terceiro, o brasileiro decidiu solicitar a intervenção da Justiça. Um juiz federal do Michigan ordenou ontem que o DIA "se abstenha de danificar, destruir, ocultar, descartar, deslocar, usar ou deteriorar substancialmente seu valor".

Em 19 de janeiro, três dias antes do fim da exposição, o tribunal deve realizar uma audiência sobre o processo.

A obra custou US$ 3,7 milhões, mas calcula-se que valeria atualmente mais de US$ 5 milhões, cerca de R$ 25 milhões.

Trata-se de um óleo sobre tela que representa, como o nome indica, uma jovem lendo um livro. A moça tem "cabelos fartos muito escuros, um corpete verde, as mangas cor de folhas de videira, a saia preta", descreveu o próprio artista, em uma de suas cartas.

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