Siga a folha

Argentina registra mês de maior inflação dos últimos dois anos

Representantes do FMI estão no país para avaliar as condições econômicas

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Buenos Aires

O governo argentino divulgou hoje que a inflação no mês de agosto foi 3,9% mais alta do que a registrada nos últimos dois anos. No ano, já acumula 24,3%, quando a meta do governo, a partir da qual foram feitas as negociações por salários com sindicados, era de 15% em todo o ano. O dólar também teve aumento, e fechou em 40 pesos.

A semana é de tensão, uma vez em que estão no país representantes do FMI (Fundo Monetário Internacional), que vieram para avaliar as condições da economia, antes de a instituição anunciar um novo acordo, pedido pelo governo argentino.

Em junho, a gestão de Mauricio Macri havia pedido uma linha de crédito de US$ 50 bilhões nos próximos 36 meses, porém, agora a Argentina pretende que as cotas sejam liberadas mais rapidamente. O FMI pede resultados, justamente no que diz respeito a uma baixa da inflação e do déficit fiscal.

Mulher passa em frente à loja em liquidação em Buenos Aires, na Argentina - Reuters

Economistas e consultores independentes já fazem uma projeção da inflação, até o fim do ano, de entre 40% e 45%, o que bateria outro recorde. Quarenta e cinco por cento foi a inflação de 2002, ano posterior ao chamado “estallido”, ou seja, a crise de 2001, que acabou derrubando o governo de Fernando de la Rúa.

As áreas em que mais se verificaram aumentos foram as tarifas de telefone, energia, água, transporte e gás, de onde se retiraram subsídios, além dos aluguéis e combustíveis, que tiveram forte alta.

A tensão se repete nas ruas. Têm havido piquetes e cortes de ruas e avenidas quase diários na região central, principalmente próximo ao Obelisco da avenida Nove de Julio e na região da Praça de Maio, onde está a Casa Rosada, sede do governo. Uma greve geral está sendo anunciada pela CGT e a CTA, principais grêmios sindicais, para os próximos dias 24 e 25.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas