Ex-governadora Rosinha Garotinho é alvo de operação da PF no Rio
Ação investiga fraude no fundo de previdência de Campos; OUTRO LADO: Rosinha afirma que não tinha ingerência sobre órgão
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A ex-governadora do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho foi alvo na manhã desta terça-feira (28) de uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes nos fundos de previdência dos servidores municipais de Campos dos Goytacazes no período em que ela era prefeita da cidade (2013-2016).
Agentes estiveram na casa dela e do ex-governador Anthony Garotinho, em Campos, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Segundo os ex-governadores, foram levados um laptop e pendrives.
Rosinha afirmou que não tinha ingerência sobre os investimentos realizados pelo fundo. Declarou também considerar um absurdo ser alvo de busca e apreensão por atos de um órgão do qual não é ordenadora de despesas.
"É um absurdo. É para fazer mais um escândalo contra a nossa família", disse ela em live no Instagram do ex-governador Garotinho.
A investigação tem como base uma CPI realizada na Câmara Municipal que apontou um rombo de R$ 383,4 milhões no PreviCampos de 2015 a 2016. Segundo o relatório da comissão, o valor representava à época 32,3% do total da carteira do fundo.
A suspeita é a de que os gestores do fundo teriam alterado a carteira de investimentos direcionando para títulos de alto risco e confiabilidade duvidosa.
"As fraudes aconteciam por intermédio de uma empresa de consultoria que realizava o lobby entre os fundos de investimento e com os diretores e responsáveis pela PreviCampos, que desviaram dinheiro mediante fraude conhecida como, 'compras de títulos podres'", diz a PF.
Segundo a PF, foram expedidos 18 mandados de busca e apreensão contra políticos, agentes públicos e empresas de consultoria.
A decisão justifica a ação contra Rosinha porque ela era "prefeita de Campos à época dos fatos, e nesta qualidade foi responsável por indicar gestores e membros da PreviCampos, todos aparentemente sem qualquer conhecimento de investimentos para o exercício das funções".
Durante a live, Garotinho criticou a decisão. "Não existe esse crime de indicar incompetente."
Rosinha afirmou também que não tinha ingerência sobre o fundo e não indicou todos os seus membros.
"No fundo de previdência não sou ordenadora de despesa. Não passa pelo prefeito [as indicações]. São pelo sindicato e alguns funcionários da prefeitura. Não passa pelo prefeito a gestão. Me colocam [como suspeita] com achismos, de que eu indiquei alguém aparentemente inadequado."
Segundo ela, alguns dos pendrives levados pela PF contêm apenas música gospel e receitas de chá.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters