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Após casos de doping, federações de natação e remo excluem russos dos Jogos

Um dia após o COI (Comitê Olímpico Internacional) delegar a decisão sobre a Rússia nos Jogos Olímpicos do Rio às federações internacionais de cada esporte, a Fina (Federação Internacional de Natação) e a Fisa (Federação Internacional de Sociedades de Remo) anunciaram nesta segunda-feira (25) o corte dos atletas russos das suas respectivas modalidades.

A primeira entidade comunicou que sete nadadores russos foram proibidos de competir nos Jogos Olímpicos do Rio. Já a segunda informou que três remadores foram excluídos do megaevento.

Quatro dos nadadores tiveram a inscrição cancelada pelo Comitê Olímpico da Rússia por já terem sido suspensos em casos de doping anteriores. A medida é uma requisição imposta pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciada neste domingo (24).

Outros três nadadores foram barrados da Olimpíada por estarem ligados ao esquema de doping denunciado em relatório divulgado pela Wada (Agência Mundial Antidoping).

Em nota, a Fina declara que tomou a "medida de emergência no contexto da Rio-2016 para proteger a integridade do esporte e os atletas limpos".

Stefan Wermuth/Reuters
Yulia Efimova posa com a medalha conquistada no Mundial de Kazan, em 2015
Iulia Efimova posa com a medalha conquistada no Mundial de Kazan, em 2015

Entre os excluídos por casos anteriores de doping está Iulia Efimova, atual campeã mundial da prova de 100m peito, medalha de bronze em Londres-2012 e uma das favoritas a subir ao pódio nos Jogos.

Além dela, foram punidos por já terem usado substâncias ilícitas Mikhail Dovgaliuk, Natalia Lovtcova e Anastasia Krapivina, esta última da maratona aquática.

Já Nikita Lobintsev, Vladimir Morozov e Daria Ustinova estão fora da Rio-2016 por terem sido mencionados no relatório divulgado pela Wada.

Entre os remadores, foram cortados Ivan Balandin, membro do time de oito e que teve seu nome citado no relatório McLaren, que denunciou o esquema de doping na Rússia.

Além dele, Anastasia Karabelshchikova, integrante da modalidade oito feminino, e Ivan Podshivalov, do quatro sem timoneiros masculino, foram retirados da lista inicial de 387 atletas inscritos pelo Comitê Olímpico Russo por já terem sido punidos por doping, em 2007 e 2008, respectivamente.

Ainda segundo a Fisa, o número de remadores cortados ainda pode aumentar, já que ainda está analisando todos os exames antidoping aos quais os russos inscritos para os Jogos foram submetidos de 2011 a 2016.

COMITÊ RUSSO

Nesta manhã, o presidente do Comitê Olímpico da Rússia, Alexander Zhukov, afirmou que pelo menos oito atletas do país seriam impedidos de competir nos Jogos Olímpicos do Rio após as restrições anunciadas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) neste domingo (24).

Zhukov não mencionou o nome dos atletas. Na ocasião, afirmou que o número poderia aumentar. "Acho que no futuro teremos informações mais precisas", disse. "Eu disse oito [atletas proibidos de competir] mas já está claro que será mais."

Após o COI decidir não expulsar a Rússia da Rio-2016, cabe à federação internacional de cada modalidade tomar uma posição em relação aos atletas russos. Algumas entidades, como as federações de tênis e tiro com arco, já afirmaram que não vetarão competidores.

A Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo) decidiu que a equipe de atletismo do país está fora da Olimpíada. Os atletas recorreram à CAS (Corte Arbitral do Esporte), mas não foram atendidos.

DECISÃO DO COI

A Rússia correu risco de ficar fora da Rio-2016 após um relatório ser divulgado pela Wada (Agência Mundial Antidoping) na semana passada.

O documento investigou denúncias de um esquema de doping generalizado e apoiado pelo governo russo entre os anos de 2011 e 2015.

Após o relatório afirmar que havia evidências do esquema "além de qualquer dúvida", a Wada recomendou que todos os atletas do país fossem vetados dos Jogos do Rio.

Neste domingo, o COI contrariou a sugestão, declarando que "se guiou por uma regra fundamental da Carta Olímpica sobre proteger atletas limpos e a integridade do esporte". Além de delegar a decisão sobre a participação da Rùssia às federações internacionais de cada modalidade, o comitê anunciou outros pré-requisitos.

Qualquer atleta, técnico ou oficial envolvido diretamente com o esquema relatado pela Wada está proibido de competir. Além disso, nenhum atleta russo que já tenha sido pego em um exame antidoping será aceito na Rio-2016.

Doping na Russia

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