Folha Online - Comentários

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Comentários de J Souza

Em 13/08/2008 16h25

Quanto as distorções da imprensa, não são somente da imprensa ocidental. Isso é retórica mofada. Mesmo nos velhos tempos em que a Rússia era socialista, as invenções da Izvestia e do jornal Pravda eram risíveis, para justificar o assassinato de algum dirigente, ou a ocupação de um país contra a vontade de seu governo e cidadãos. Hoje o mundo todo dá risada das falsificações de fotos comunistas. Ora um dirigente sumia da foto porque caiu em desgraça e a foto era retocada. Trotsky foi um exemplo. Aparecia na foto ao lado de Lênin e depois - SURPRESA! - a tal foto era divulgada sem o Trostky. Aliás tal conceito de ocidental e oriental nem existe mais de tão obsoleto. Antes tínhamos a Europa ocidental e oriental, o Vietnã comunista e o do sul, etc. Hoje a única potencia comunista que resta é a China, onde corre solta a gorda propina entre os quadros do Partido Comunista para cada transação ou investimento bilionário que os capitalistas fazem naquele pais. Enquanto isso, cerca de 200 milhões de cidadãos chineses (quase um Brasil inteiro) vivem na mais absoluta miséria nas periferias de Shanghai e outras prósperas cidades costeiras e fornecem mão de obra barata para alimentar a indústria de produtos falsificados que inunda outros países a preços que provocam o desemprego dos trabalhadores brasileiros. Isso é o modelo 'comunista'. Exploração do povo pelo capital dos magnatas chineses socialistas novos ricos que andam de Ferrari. Tal tipo de ideologia um fracasso cômico mesmo.

Em Conflitos na Geórgia

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Em 13/08/2008 13h58

Os ossétios não são russos, nem étnicamente, nem originalmente falam idioma eslavo. São caucasianos, indo-europeus e falam um idioma aparentado ao iranio (persa). Tem uma população de 700 mil ossétios, dos quais 500 mil na Rússia, 90 mil na Geórgia e 100 mil na Turquia. Assim que os Russos colocarem um regime fantoche na Geórgia em substituição ao regime de Shashkvili, vão querer também criar uma república osséita turca e confiscar o territorio para a Rússia? Claro que não, não tem petróleo por lá na osséia turca. Sobre o outro comentário, sim os americanos e ingleses forneceram grande quantidade de material bélico para a Rússia durante a segunda guerra. A gloriosa vitória socialista foi alimentado pelo capital inglês e americano, mas claro que Stálin calava sobre isso. Mas quem reverteu a guerra contra os alemães, não foram os russos. Foram os asiáticos. Mediante garantias do governo japonês de que não haveria um novo front de guerra na Sibéria, Stálin pôde transferir suas tropas de lá para a Europa. Foram as divisões azeris, uzbequis, milhões de asiáticos que passaram o rolo compressor em cima dos alemães. Agora, quem for hoje em dia ao Uzbequistão, ao Azerbaijão, ou outros países da Ásia Central, evite de chamar os dignos habitantes de 'russos'. Pode correr risco de vida, pois eles se lembram da repressão e morte socialista que andou solta por lá durante 60 anos. Além disso, onde russos põem o pé, já logo querem anexar a região. Russos não são bem vindos lá.

Em Conflitos na Geórgia

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Em 13/08/2008 13h33

A Ossétia do Sul e Abkhazia, tem uns 400 mil habitantes (fora os 100 mil georgianos que de lá foram expulsos numa limpeza étnica promovida pelos abkhazes estilo Karadzic). As tropas georgianas defendendo seu território na Abkházia foram bombardeadas por jatos, o exército russo disse que eram jatos da Abkhazia e não russos. Se os abkhazes tivessem comprado UM jato Sukhoi 30MKI sem as bombas, custa 40 milhões de dólares, cada habitante teria que desembolsar USD200,00 o que para uma região com renda per capita infelizmente miserável, é um valor impagável. Se não é abkhaz, então deve ser...'emprestado' pela Rússia, num crime contra a integridade territorial de um país soberano, a Geórgia. A Rússia vem financiando os rebeldes abkhazes e ossetianos há décadas e isso Gorbachev não fala. O Kremlin está preocupado com os direitos humanos dos ossétios e abkhazes? A Rússia quer é o controle do oleoduto que liga os bilhões de barris de petróleo off-shore do Azerbaijão (e vizinhos), à Turquia (União Européia). Antes desse oleoduto, a Russia controlava TODA a passagem do petróleo da Ásia Central para Europa. Agora, não mais. Esse é o motivo principal do apoio russo à independência de meia-duzia de 'oprimidos' abkhazes e ossétios. Isso Gorbachev, tão inteligente, sabe. Se não mencionou é porque não é fonte isenta e por isso sua opinião deixa de ser séria. A disputa aqui é pelo petróleo, como foi no Iraque.

Em Conflitos na Geórgia

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Em 13/08/2008 05h56

A Rússia não precisa que ninguém de fora a desmoralize. De um governo autoritário dos czares cuja policia politica matou milhares de cidadãos, se transformou em 1917 num governo dito 'popular socialista' que matou mais de 20 milhões de seus próprios cidadãos ao longo de 60 anos por "execuções extrajudiciais, deportações e crises de fome causadas pelos governos", segundo a pesquisa academica publicada no Livro Negro do Comunismo. Os alemães mataram 20 milhões de russos. Os dois atos foram vergonhosos perante a humanidade. Durante a II Guerra, se não fossem os 8 milhões de solados dos EUA na Ásia, e na Europa milhões mais teriam sido massacrados pelos gloriosos soviéticos e sua eficiente KGB. Estima-se que cerca de 1,5 milhão de cidadãos desses países do Leste Europeu foram assassinados quando da tomada do poder dos ditos regimes 'democráticos populares' após 1945. Ninguém que seja sério pode agradecer a Rússia por isso. Olhem o mapa da Geórgia: tem as grandes e altas montanhas do Cáucaso. De um lado é a Rússia, do outro sempre foi território georgiano há dois mil e nove anos, desde o Rei Parnavaz I e antes que os russos sequer existissem como nação. Nos últimos anos a Rússia ao atribuir passaportes russos a cidadãos georgianos da Ossétia do Sul causou esta guerra. Seria o mesmo que o Japão conceder passaportes aos moradores do bairro da Liberdade e declarar depois que se trata uma província japonesa e não pertence mais ao Brasil. O que o exército brasileiro faria?

Em Conflitos na Geórgia

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Em 22/07/2008 04h32

O ministro Amorim está certo em seu comentário. Sua frase diz uma verdade que o próprio ministro da Agricultura da França admite: "é a base de cálculo que faz com que cheguemos a 56% ou 60% (de redução de impostos de importação". Schwalb levou essa afirmação para o campo pessoal, sendo que Amorim se referia a estratégias de propaganda - aliás amplamente utilizadas por todos os governos - para buscar apoio interno e externo às suas politicas. Nesse ponto, Schwalb errou ao misturar sua experiencia familiar com a direção da politica agrícola do pais para o qual trabalha. Tanto que depois Schwalb expediu outra nota dizendo que o que interessa é focar nas negociações e não polemizar. Admissão de erro de sua parte e correção de rota americana. As técnicas de propaganda de Goebbels são sim utilizadas por governos, inclusive o americano na Guerra do Iraque (cadê as armas de destruição de Saddam?) . O Brasil faz bem em se afirmar na medida em que vai se tornando já uma grande potencia, país relevante no comércio internacional. Quanto à posição da União Européia, é forçada pela França por causa de seu poderoso lobby agrícola. Assim sendo os países em desenvolvimento, a Inglaterra, a Alemanha e mesmo os cidadãos franceses estão cansados de pagar pelos subsidios bilionários à agricultura francesa. Um comentário de um leitor frances sobre o assunto: "Será que vamos perder essa oportunidade de abrir a economia europeia, ainda refém desses agricultores que nos sacrificam a todos?

Em Amorim se desculpa por comentário

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