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Cristina Veiga
Especial para o GD
Depois de invadir o Iraque sob falsas
alegações e contra a decisão da Organizações
das Nações Unidas (ONU), o presidente dos Estados
Unidos, George W. Bush, resolveu “zelar” pela
democracia mundial. Que tal? O mais grave é que os
EUA são a maior potência mundial e hoje não
há nada, nem ninguém com força suficiente
para se contrapor às maluquices de Bush filho.
E quem deu a ele o direito de se auto-nomear
xerife da democracia mundial? Bush teve a ousadia de ir até
o Fundo Nacional para a Democracia ameaçar o resto
do mundo com intervenções militares em qualquer
lugar que os Estados Unidos considerem a democracia desrespeitada.
E até apontou os próximos alvos: Irã,
Síria, China, Cuba, Mianmar, Coréia do Norte,
além, é claro, dos líderes palestinos.
Estes seriam os maus alunos aos olhos da dita Doutrina Bush
ou, traduzindo, os países que não se aliaram
a seu governo.
Isto ficou mais claro ainda quando
o presidente norte-americano elogiou - é gente, elogiou
- as insignificantes medidas democráticas tomadas por
países autoritários aliados dos EUA: como Jordânia,
Marrocos, Bahrein, Kuwait e Arábia Saudita. Quer dizer
que agora é assim: quem concordar com as loucuras do
governo Bush está à salvo, do contrário
corre o risco de ser invadido? Pelo amor de Deus! Bush que
se vire agora com a opinião pública norte-americana
que, com certo atraso, é verdade, parece ter descoberto
que a invasão do Iraque não passou de mais uma
insanidade de George W. Bush.
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