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capital humano
15/06/2006
Executivos viram professores em MBAs

 

Crescimento no número de cursos abre novo mercado de trabalho

Com o crescimento do número de cursos de MBA no Brasil nos últimos anos, uma nova frente de trabalho surgiu para os executivos. Muitos profissionais estão aliando uma carreira de sucesso no mundo corporativo com a vida acadêmica. Eles estão se tornando professores.

"Dar aulas neste tipo de curso ajuda a me atualizar constantemente e fazer contatos, pois muitos dos alunos são gerentes e diretores das maiores companhias do País", diz Alfredo Teodoro Reis, que durante o dia é diretor financeiro da Enesa, empresa de manutenção industrial com 5 mil funcionários.

De noite e aos sábados, Reis dá aulas na Brazilian Business School (BBS) e no Ibmec São Paulo. "É realmente outra profissão, pois é preciso dedicação e estudos todo dia. Os alunos deste nível exigem e querem casos atuais nas aulas", conta.

Para o diretor de desenvolvimento de novos negócios da agência Neogama/BBH, Maurício Mansur, a dupla jornada compensa, mas é preciso dedicação. "A pessoas têm de ter disponibilidade para trabalhar e estudar mais do que média, pois não basta apenas contar a minha experiência, mas ter também uma teoria para embasar meus conhecimentos."

Neste tipo de ensino - no qual o exemplo na prática é que atrai alunos - o professor com formação apenas acadêmica e pouca visão empresarial têm pouco espaço. "Todos nossos professores têm experiência prática, porque quem faz MBA no Brasil é a pessoa com mais tempo de trabalho, que já lidera funcionários e valoriza muito mais este lado", diz John Schulz, diretor da BBS.

O executivo recebe, em média, R$ 200 por hora de aula dada nas grandes escolas de MBA, valor que chega a R$ 400 em casos especiais. Com cinco aulas por semana, um profissional irá ganhar em torno de R$ 4 mil por mês. "Mas não adianta dar aula somente como complemento de renda, é preciso realmente gostar do que faz, pois os alunos percebem e te avaliam mal se for esta a única intenção", diz Mansur.

Carlos Tasso DeAquino, diretor Acadêmico da BSP, diz que os alunos, na maioria, já estão no alto escalão, e cobram muito mais a parte prática das aulas. "Eles estão disponibilizando parte do seu tempo para vir aqui e demandam esta visão do mundo real e a troca de experiências, não a simples teoria."

Segundo Fábio de Biazzi, coordenador-geral dos programas de MBA do Ibmec-SP, a tendência de professores executivos no Brasil é até maior que nos Estados Unidos e Europa, já que os estudantes daqui têm outro perfil. "Eles entram, em média, com 32 anos na escola, com uma vivência profissional séria, e precisam fazer a ponte entre teoria e prática."

Dedicação
Dedicar parte do tempo para dar aulas não é uma decisão que o executivo toma de uma hora para outra. As escolas de MBA são avaliadas pelo Ministério da Educação e exigem que o professor tenha titulações. Para o executivo, sempre às voltas com compromissos, viagens e reuniões, terminar um mestrado ou doutorado pode ser difícil.

Mansur fez MBA e mestrado, e teve de dar um tempo na vida executivo no período em que concluiu sua tese. Reis ainda destaca que é preciso equilibrar o tempo com a família. "Acordo seis da manhã e só deito à meia-noite para dar tempo de fazer tudo", diz ele, que está concluindo sua tese de mestrado na PUC de São Paulo.

Marina Faleiros
do jornal O Estado de S.Paulo

   

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