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capital humano
16/03/2006
População respeita bem público

 

Saúde, educação, cidadania e prazer. Tudo isso alcançado com a simples ação de pedalar. Com as 20 bicicletas disponibilizadas de graça no Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte, a população da capital mineira tem a possibilidade de atingir tudo isso, aproveitando mais de 20 hectares de área verde no meio do centro urbano.

As bicicletas fazem parte do projeto piloto Bicicletas para todos, implementado pela prefeitura em 2004. Desde então, as mesmas 20 bicicletas circulam pelo parque. "Nunca foram registrados casos de roubos ou de vandalismo. A população cuida das bicicletas como se elas estivessem no quintal de suas casas", conta o responsável pelo projeto Luis Marcio Viana, diretor da Fundação Zôo-Botânica, entidade que administra o parque.

O projeto nasceu baseado no Plano das Bicicletas Brancas, implementado em 1968 em Amsterdã, capital da Holanda. Em um momento de agito político no país, o grupo anarquista Provos teve a idéia de distribuir pelas ruas da cidade uma série de bicicletas pintadas de branco. Elas seriam usadas livremente pela população. Dessa forma, o grupo pretendia criar um contraste com o princípio da propriedade privada.

Quando chegassem ao destino, cada um deixaria a bicicleta para outra pessoa utilizar. A ação não foi bem aceita pelo governo, que recolheu as bicicletas com a justificativa de que a ação seria um incentivo ao roubo.

O fundo político do projeto de Belo Horizonte busca, se não revolucionar, tentar criar uma nova idéia em relação aos meios de transporte usados pela população. "Apesar da ação ocorrer em um pequeno refúgio, pretendemos mostrar formas alternativas de locomoção, minimizando assim o uso do carro", diz Viana.

Além disso, o programa busca tornar o visitante um cidadão responsável por um bem público, pela segurança dos que trafegam no local, bem como incentivar a prática do respeito pelo coletivo ao devolver a bicicleta no tempo determinado, para que as outras pessoas possam usufruir delas.

Partindo dos mesmos conceitos de segurança e responsabilidade, não foram adquiridas novas bicicletas. "O parque recebe cerca de cinco mil pessoas aos domingos e a rotatividade das bicicletas é praticamente constante. Mesmo assim, o número de equipamentos não será alterado, pois é direcionado para que as vias do parque sejam seguras tanto para ciclistas, quanto para as outras pessoas. Assim apenas essas 20 bicicletas podem circular no parque", explica o diretor da fundação. Está em andamento um projeto para a ampliação do local, que tem cerca de 30% do espaço originalmente projetado disponível para a população. Caso ele seja colocado em prática, novas bicicletas serão compradas.

Para que o visitante tome emprestado a bicicleta é necessário apenas deixar o documento de identidade com o funcionário responsável. A partir desse momento, cada um tem 30 minutos para pedalar dentro parque. Caso o empréstimo seja feito por um menor de 18 anos, o documento pedido é o de seu responsável. Cada usuário recebe uma touca higiênica e um capacete, além da orientação necessária sobre o uso correto do equipamento.

As informações são do site Aprendiz.

Professor da estrada

   

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