Marina Rosenfeld
especial para o GD
A baixa absorção de conhecimento na sala de
aula entre os vendedores do Ponto Frio fez com que o RH da
empresa se visse diante de um grande desafio: tornar agradável
e dinâmico o processo de aprendizagem.
A falta de concentração e os olhares distantes
durante os treinamentos levaram o RH a trocar as salas de
aula, papel, caneta, desânimo e sono pelos “serious
games”, ou jogos corporativos. De forma lúdica,
o treinamento, cujo objetivo era transformar a atitude dos
5.000 vendedores em relação à venda dos
serviços que o Ponto Frio oferece, foi transformado
em um verdadeiro programa de auditório aplicado à
realidade dos vendedores da empresa.
No mesmo estilo dos programas originais apresentados nos Estados
Unidos, na Europa e no Brasil, pelo SBT, o Jogo do Milhão,
desenvolvido pela Laborativa Educacional para o Treinamento
Arrancada 2005, reproduziu todos os elementos de um jogo que
envolve perguntas e respostas num clima de competição.
“É uma forma de fazer um balanço do conhecimento
que eles adquiriram durante o treinamento e é divertido
porque vira um show de verdade. O áudio, o vídeo,
a música e o próprio instrutor estimulam a competitividade.”,
afirma o diretor de serviços a clientes da Laborativa
Educacional, André Souza.
As respostas valem pontos e no final tem sempre um ganhador.
“Todo mundo sai ganhando porque estão aprendendo
juntos, apesar de ter um ganhador”, comenta Souza. Os
resultados foram tão positivos que a dificuldade inicial
de atrair por dois dias os vendedores de todo o país
deixou de ser um problema. “Como eles são fortemente
orientados por resultados em suas vendas, o treinamento precisava
ser muito atrativo para que pudessem transformar o conhecimento
em mais vendas”, comenta Souza ao dizer que 99% das
respostas de avaliação do programa mostraram
que o treinamento contribuiu para o desenvolvimento deles
e atendeu aos objetivos propostos.
Segundo Flavia Assaife, gerente de desenvolvimento do Ponto
Frio, o índice de retenção de conhecimento
chegou a 89%. Enquanto utilizava métodos convencionais
de treinamento, esse número variava de 60% a 75%. “Mas
o mais importante de todo esse processo é que os 5.000
funcionários que participaram do Programa de Treinamento
saem empolgados das aulas e, estimulados, passam a aplicar
na prática o que foi apreendido”, relata Flávia.
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