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capital humano
11/07/2005
Empresa investe em escolas nos canteiros de obras e leva operários à Bienal

 

Marina Rosenfeld
especial para o GD

Há quatro anos a construtora carioca Carmo e Calçada monta salas de aula em pleno canteiro de obras. Mais de 80 operários já foram alfabetizados pela empresa em parceria com o Sesi e o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) e os planos da empresa é que num futuro próximo, todos os operários, ao serem contratados, assumam o compromisso de estudar.

“A condição para entrar na construtora será se matricular na nossa escola. Só fica trabalhando aqui quem estudar”, afirma o diretor de RH, Luiz Carlos Rio Tinto de Matos ao falar que a escola tem como objetivo principal incluir a pessoa na sociedade. “Tínhamos funcionários que ficavam alojados nos canteiros durante o período de obra e que não saíam por medo”. De acordo com Matos, a partir de depoimentos dos próprios alunos é possível perceber o quanto estudar tem sido importante para eles. “Um dos operários me disse que a vida dele mudou porque antes ele tinha que pegar o ônibus pela cor”, comenta.

A preocupação com a inclusão social é tão grande que constantemente os alunos, que estudam de segunda a quinta-feira, após o período de trabalho, saem da escola para visitar museus, exposições culturais e monumentos históricos. Uma das últimas visitas foi à Bienal do Livro.

A cada ano, os professores contratados pela construtora trabalham com um tema. No ano passado, os alunos aprenderam sobre pintura: tiveram aulas sobre Portinari e contato com algumas de suas obras. Esse ano, é a vez da Poesia. Além de ler diversos escritores, os operários são incentivados a escrever. O resultado dessa experiência será um livro publicado com todas as poesias produzidas durante o ano.

A construtora também realiza uma série de concursos entre os alunos. Em 2003, foi selecionado o cartão de Natal mais bonito para ser enviado aos clientes e em 2004, as pinturas mais interessantes foram expostas na escola.

Sobre a oportunidade, o operário Zezito Oliveira, 41, comenta que se sente feliz em trabalhar numa empresa que o incentive a estudar. “Me sinto muito bem porque mesmo sabendo que não sei muito, é alguma coisa que eu levo para mim”.

   

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