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capital humano
20/09/2005
Jovens entre 16 e 24 anos são 46% dos desempregados

 

Do total de desempregados existentes no ano passado no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, 46,4% tinham entre 16 e 24 anos, revela estudo divulgado ontem pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Trata-se de 1,6 milhão de jovens procurando trabalho em um universo de 3,5 milhões de desempregados.

Em São Paulo, enquanto a taxa de desemprego na população total (maior de 16 anos) era de 18,1%, na faixa etária entre 16 e 24 anos o número chegava a 32,6%. Os piores índices aparecem entre os 16 e os 17 anos, com um quadro de 52,9% de desempregados.

O maior índice de desemprego entre os jovens aparece em Salvador (42,8%), e o menor, em Porto Alegre (29,3%). Nas seis regiões, o desemprego atinge mais as mulheres -em Recife, são 48,2% das jovens (contra 36,2% deles).

O quadro mais igualitário é o do Distrito Federal, com 39,2% de desemprego entre as mulheres de 16 a 24 anos e 34% entre os homens. A maior diferença observada aparece na capital gaúcha, dez pontos percentuais a mais na taxa feminina (34,7% contra 24,7%). Para o Dieese, que faz o estudo pela primeira vez, a manutenção de taxas elevadas de desemprego nessa faixa etária, particularmente entre as mulheres, evidencia a incapacidade de absorção do crescimento da oferta de força de trabalho. "Todo mundo sabe que é difícil para o jovem trabalhar. Mas, ao olhar os números, nos assustamos com o tamanho da dificuldade", diz Patrícia Lino Costa, economista do Dieese.

Em São Paulo, segundo o estudo, 50,4% dos jovens entre 16 e 24 anos só trabalham ou só procuram trabalho. Os que estudam e trabalham ao mesmo tempo são 24,6% dos jovens entre os 25% mais ricos e apenas 6,7% entre os 25% mais pobres. "Isso significa que o jovem de baixa renda desiste de estudar e acaba reproduzindo a situação de pobreza, inserindo-se no mercado de trabalho de forma mais precária. É a retroalimentação da pobreza", afirma.

Valor do trabalho
Para o professor de economia da Unicamp José Dari Krein, o desemprego e o rebaixamento no mercado de trabalho tiram do jovem a perspectiva de pensar seu futuro por meio da inserção no mercado de trabalho. "O trabalho, como valor de construção da identidade, fica questionado. É como jogar fora uma parte considerável da população que seria útil e poderia estar engajada na construção de um país melhor."

Já o economista Hélio Zylberstajn, da USP, adverte que o estudo do Dieese de fato não questiona quantos dos jovens que não estudam (e trabalham ou procuram emprego ou nem sequer procuram) gostariam de estar na escola. Paula Montagner, coordenadora do Observatório do Trabalho, do Ministério do Trabalho, diz que, embora não tenha havido grandes avanços do programa Primeiro Emprego, porque no país "não há tradição de estágio", há iniciativas bem-sucedidas. Ela cita os consórcios que integram jovens a ONGs, que já beneficiaram 39 mil jovens e deram trabalho a 12 mil deles. Segundo o governo, o total de beneficiados pelo Primeiro Emprego é de 360,4 mil.

BRUNO LIMA
da Folha de S.Paulo

Jovem com menor renda familiar tem menos chance de emprego, diz Dieese

A equação continua a mesma: quanto menor a renda familiar, pior o desempenho na busca por emprego. A conclusão faz parte de levantamento divulgado hoje pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) sobre os jovens e o mercado de trabalho.

A pesquisa mostrou que no ano passado, a taxa de desemprego para os mais pobres foi de 67,1% na Grande Salvador e de 58,5% na Região Metropolitana de São Paulo.

Já para os jovens que vêm de famílias com maior poder aquisitivo, as taxas de desemprego são muito inferiores: São Paulo (22,1%), Belo Horizonte (26,5%), Recife (31,1%) e a maior também em Salvador (34,4%).

Para efeitos comparativos e em virtude da grande disparidade dos rendimentos, a pesquisa leva em consideração faixas de renda e considera os grupos dos 25% com maior poder aquisitivo e os 25% com menor renda.

Segundo a economista do Dieese Patricia Lino Costa, as maiores taxas de desemprego entre pessoas com menor renda acaba por retroalimentar a pobreza no segmento familiar.

"A necessidade de manter um padrão mínimo de renda leva muitas vezes o jovem a abandonar a escola e ficar em segmentos que têm longas jornadas e não oferecem mudança, como o comércio, o que reproduz a pobreza", afirma.

CLARICE SPITZ
da Folha Online


Recente pesquisa publicada pelo Diesse bem reflete essa realidade.

   

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