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18/09/2006
Ex-morador de rua vai estrear peça de teatro

 

Sebastião Nicomedes de Oliveira, de 38 anos, é figura conhecida no centro. Vai de um albergue a outro e, onde tem debate sobre pobreza, lá está ele. No mês que vem, o ex-morador de rua, que hoje vive em uma moradia provisória da Prefeitura, vai conquistar mais um espaço de discussão. A peça O Diário de um Carroceiro, escrita por Tião, estréia no dia 7 no Teatro Fábrica, na Rua da Consolação.

Integrante do Conselho Municipal de Assistência Social, Tião foi construindo aos poucos sua reputação. É considerado um dos líderes do movimentos dos moradores de rua. Tem fala mansa, muitos cabelos brancos e um jeito simples e quieto. Sempre com um pano com estampa de bandeiras do Brasil amarrado nas costas, não perde um protesto. Chegou até a fazer slogan para uma campanha da Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social - Dê mais que esmola. Dê futuro. “Tenho o telefone do secretário (Floriano Pesaro)”, conta Tião.

A afinidade com o teatro nasceu depois de conhecer o primeiro albergue, o Arsenal da Esperança. “Um dia, teve um show de talentos e decidi escrever uma peça, a Bonifácio Preguiça, que também falava de moradores de rua.” A montagem amadora percorreu outros abrigos. “Todos os atores eram do albergue. Mas depois percebi que não estava mais adiantando falar da nossa situação para gente que estava na mesma condição”, explica.

Montagem
O novo roteiro nasceu para ganhar um público maior. O monólogo mostra os problemas básicos de um morador de rua, desde a dificuldade em conseguir socorro em uma emergência até a falta de banheiros públicos na cidade.

O produtor da peça, Max Mu, foi quem levou o roteiro à diretora Iara Brasil, da Companhia Circuito da Comédia. “Conheci Tião no Centro de Artes Alternativas e Cidadania (Caac), uma ONG na Mooca”, conta o produtor.

O texto tem trechos bem humorados e trágicos, tudo tirado da vivência de Tião na rua. “O diferencial é que ele não olha a situação de fora. As falas não têm tom de piedade, mas realidade”, diz Max.

“Tem gente que não gosta de ver miséria. Não discordo disso. Mas desse jeito, muita gente que não sabe que existimos vai ver o que temos a dizer”, observa Tião, que vai receber uma porcentagem da bilheteria, como o resto do grupo. “Combinamos tudo direitinho como uma verdadeira equipe”, explica Max. A previsão é que o ingresso custe em média R$ 30,00.

Natália Zonta
O Estado de S.Paulo

   

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