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REFLEXÃO


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Mais São Paulo
23/03/2006

Governo do estado anuncia que dará continuidade às ações de despoluição do Rio Pinheiros

 

da Redação

Após matéria publicada ontem pelo Site Gilberto Dimenstein – jornalismo comunitário a respeito do desperdício de verba pública na recuperação do Rio Pinheiros, o governo do estado anuncia que se Petrobrás não custear os 12 milhões faltantes, o estado bancará.

Desde a gestão do ex-governador do estado, Mário Covas, 80 milhões de reais foram despendidos pelo estado e pela estatal Petrobrás – parceira no projeto - na construção de uma central de despoluição do Rio Pinheiros e afluentes. As águas, tratadas pelo método de flotação (remoção de resíduos sólidos em suspensão), seriam lançadas na Represa Billings, contribuindo também para a geração de energia elétrica através da Usina Henry Borden. Por um embargo do Ministério Público, no entanto, a central nunca foi colocada em uso e já apresenta sinais de deterioração.

Quando a central estava preste a iniciar seu projeto piloto, de 10 m³ de água por segundo - já com autorização da Secretaria Estadual do Meio-Ambiente -, o Ministério Público entrou com uma ação pedindo a suspensão dos testes. O projeto original previa uma estrutura capaz de flotar 50 m³ por segundo. A argumentação, validada inclusive por entidades do terceiro setor, é de que o método escolhido não funcionaria para a despoluição e de que haveria impactos negativos para o meio-ambiente. Uma saga judicial então foi iniciada. O Ministério Público ganhou a ação.

Avançando nas negociações, em 2004 foi firmado um acordo prevendo a produção de um EIA-RIMA (um extenso relatório a respeito do impacto ambiental, prática comum em grandes empreitadas como esta) que, embasado cientificamente, daria argumentação suficiente para a continuidade dos testes na central piloto. Esse documento é orçado em 12 milhões de reais, dinheiro este que até a tarde de ontem nenhuma entidade estava disposta a despender.

João Francisco Soares, engenheiro civil especialista em hidráulica e saneamento, integrante do Instituto de Engenharia - que trabalhou nas obras do Rio Pinheiros - e membro do Conselho Estadual de Saneamento, avalia o impasse como uma “disputa técnica, política e institucional”. Soares diz que embora não se tenha total certeza de que o método de flotação dê certo, a única forma de saber isso é fazer o projeto piloto funcionar. “Aprendi na minha primeira aula de engenharia que a melhor forma de testar algo é pôr em pratica”.

O engenheiro argumenta ainda que, embora o Rio Pinheiros tenha suas especificidades, locais como o Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro, a prática já é comum. E que, além de iniciativas como esta, pequenos testes no próprio Rio Pinheiros já foram realizados, como o Projeto Pomar I e II. Com a água advinda da flotação de 100 litros por segundo, canteiros à margem do rio foram recuperados e peixes estão sendo criados com a água tratada.


avaliação enviada pelo Engenheiro Leon Jo Sayeg referente aos custos do EIA-RIMA das estações de flotação do Rio Pinheiros

Na qualidade de Engenheiro Civil especializado em meio-ambiente, autor de mais de 12 EIA-RIMAs elaborados com equipe multi-disciplinar e com 6 EIA-RIMAs aprovados pelo CONSEMA ( Conselho Estadual de Meio Ambiente ), informo ser impossível que os custos do EIA-RIMA das estações de flotação do Rio Pinheiros e afluentes ultrapassem a R$ 3 milhões ( três milhões de reais ) .

Quem estimou os custos em 12 milhões está totalmente fora de mercado e distante de custos reais e objetivos.

O valor publicado em vossa reportagem é absurdo e fora de base real.

Nossa equipe, com especialistas de renome, doutorados em universidades estrangeiras e nas melhores do Brasil, possui condições técnico-econômicas de elaborar e viabilizar esses trabalhos, incluídos todos os testes e ensaios
tecnológicos, de laboratórios e tudo o do mais alto nível de engenharia hidráulica , sanitária e química.

Quero que a comunidade fique ciente de que com 75 % a menos dos recursos inicialmente previstos, pode-se fazer um excelente trabalho.

Engº Leon Jo Sayeg - leon@espacoempresarial.com.br

 

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