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REFLEXÃO


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folha de s.paulo
16/10/2006
Colômbia dá exemplo para reduzir violência

As cidades de Bogotá e Medellín se tornaram laboratórios sobre como prevenir e como combater à criminalidade

Níveis de pobreza ainda são altos, mas essas cidades conseguiram reduzir suas taxas de homicídio em 79% e 90%, respectivamente


Apontadas como as cidades mais violentas do mundo, Bogotá e Medellín, na Colômbia, estão se transformando nos mais avançados laboratórios do mundo de prevenção à criminalidade e, em especial, aos homicídios. Apesar de ainda manterem altos níveis de pobreza -cerca de 40% da população, semelhante às metrópoles brasileiras- essas duas cidades conseguiram reduzir, respectivamente, suas taxas de homicídio em 79% e 90%.

São exemplos que poderiam muito bem ser adotados -ou adaptados- pelas grandes e violentas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde, como na Colômbia no passado, se dissemina o crime organizado.

O que resta de violência nestas cidades colombianas continua ainda alto para padrões civilizados, mas são passos notáveis para comunidades em que se misturam e, muitas vezes, se indiferenciam narcotraficantes, paramilitares, guerrilheiros e quadrilhas de jovens, beneficiados por décadas de impunidade.

Nisso se destacam muito de Nova York, que tem padrões de renda de primeiro mundo e sem tantos focos de desagregação social. A engenharia por trás dos resultados da Colômbia revela uma rede de múltiplas e simultâneas ações que combinam prevenção com repressão, além de uma articulação nos mais diferentes níveis governamentais, mas sempre com ênfase no poder local, no qual o prefeito é o principal responsável pelo enfrentamento contra o crime e a violência.

Os operadores dessa engenharia concluíram que não adianta focar em apenas uma área específica - a repressão, por exemplo-, sem levar em conta fatores subjetivos como a auto-estima das pessoas.

Tanto melhorar a polícia e as prisões como criar uma ciclovia e bibliotecas podem, em diferentes graus, promover a segurança.


Coluna originalmente publicada na Folha de S.Paulo, editoria Cotidiano.

   
 
 
 

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