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alternativa
02/07/2004
Arte de tecer garante renda em terapia em Londrina

A combinação ganhar dinheiro e relaxar ao mesmo tempo parece impossível nos dias de hoje para milhões de mulheres que, além de cuidar da família, têm que ajudar a pagar as contas do mês. Mas isto não é problema para as primeiras 20 alunas do curso de tear promovido pelo Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais (Ilece). Elas estão descobrindo na arte de tecer uma alternativa de renda e uma terapia.

'Eu vim para aprender a fazer cachecóis e depois vou ensinar para as outras mulheres do bairro'', disse a presidente da Associação Asas na Ação das Mulheres Evangélicas de Londrina (Anamel), Laís Barbosa dos Santos, de 60 anos. A associação proporciana cursos profissionalizantes para pessoas carentes do Conjunto Giovani Lunardelli, zona leste. Ela acredita que o trabalho artesanal é a atividade do futuro, já que muitas pessoas que investiram em estudos estão decepcionadas com a falta de vagas no mercado. ''Não existe máquina que faça igual, além de ser uma terapia'', argumentou Laís.

A tecelagem é milenar e surgiu com a necessidade do homem de se agasalhar e se proteger das intempéries. Hoje, as fibras de algodão, lã, linho ganham novas formas pelas mãos de verdadeiros artistas. Mas, se engana quem acredita que apenas os mais velhos se interessam pela arte. ''Via a minha irmã fazendo cachecóis de crochê e me interessei em aprender'', disse a estudante de psicologia Daniela Bernardes, de 21 anos. Ela contou que nunca fez trabalhos manuais, mas que está gostando porque é relaxante. A estudante também pensou no retorno financeiro e pretende vender a produção.

Segundo a diretora do Ilece, Luciane Eiras Pape, a idéia do curso partiu das mães dos alunos que já desenvolvem atividades manuais, mas desta vez resolveram estender para a comunidade. ''Minha cunhada trouxe um tear de Cascavel há um mês e me

ensinou a usar. Agora vou passar para outras pessoas'', contou a professora e presidente da associação do clube das mães, Ivonete Antunes Martins.

Para participar do curso, basta pagar R$ 15,00 pelo tear. ''O material é feito na nossa marcenaria com ajuda dos alunos'', declarou a diretora do Ilece. Todo o dinheiro será revertido para a entidade, que sobrevive com ajuda da comunidade. ''Recebemos verbas federais, municipais e estaduais, mas sempre falta alguma coisa. Quando temos algum gasto extra, como reformas, precisamos das doações'', contou Luciane.

Até ontem, três turmas de 20 alunos já estavam formadas. E uma quarta teria aulas no mês de agosto. ''Se tivermos mais inscrições vamos abrir novas turmas'', afirmou a diretora. Os interessados podem se inscrever pelo telefone (43) 3324-3906.


As informações são da Folha de Londrina.

 
 
 

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