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Um ótimo exemplo de contabilidade da cretinice social

Um dos principais projetos sociais do país, o bolsa-escola vai custar este ano ao governo federal R$ 1,7 bilhão -- é, de longe, o mais importante programa de redução de curto prazo da miséria brasileira.

É menos, porém, do que o INSS vai pagar aos trabalhadores, vítimas de acidentes de trabalho: o valor estimado é de R$ 1,8 bilhão.

Essa comparação, publicada pelo jornal Valor, é um dos mais perfeitos exemplos da contabilidade da cretinice social. A imensa maioria dos gastos com acidente de trabalho são gerados por deliberado descuido com a vida humana, provocados pela falta de educação e punição.

Note-se que apenas os trabalhadores formais, donos do privilégio da carteira assinada, conseguem sacar esses recursos do INSS. Isso quer dizer que quase 70% dos trabalhadores estão de fora desse cálculo.

A essência da cretinice social é gastar-se mais com a cura do que com a prevenção. Poucas coisas revelam com tão nitidez o custo da ignorância: as empresas não previnem os acidentes, os trabalhadores que não conseguem trabalhar em ambientes mais seguros ou não sabem se cuidar e, por último, o poder público incompetente para fiscalizar as empresas.

 
 
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