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Dia 08.04.02

 

 

Brasil não investe em seu "ouro verde"

Ninguém sabe exatamente quanto vale a biodiversidade brasileira, mas todos sabem que é muito. Inclusive os estrangeiros. Dono da maior variedade de espécies do planeta, o Brasil desfruta de posição privilegiada para explorar os recursos naturais na busca por novas tecnologias, seja na forma de uma droga contra o câncer ou um novo creme de barbear.

Uma estimativa - em princípio a única disponível - coloca na biodiversidade verde e amarela uma etiqueta de R$ 4 trilhões. O cálculo é baseado em um estudo do pesquisador Robert Costanza, da Universidade de Maryland (EUA), publicado na revista Nature.

No entanto, ninguém sabe e nem vai saber por um bom tempo o quanto esse cálculo pode subestimar a capacidade dos recursos brasileiros. Pois se a biodiversidade do Brasil é a maior do mundo, também deve ser a mais desconhecida. Para se ter uma idéia das incertezas, a estimativa do total de espécies existentes no mundo varia entre 3 milhões e 100 milhões. Catalogadas até hoje, são 1,5 milhão, entre 10% e 20% das quais são encontradas no Brasil. No fim das contas deve haver mais de 3 milhões de espécies desconhecidas no País. E entre as espécies nativas já documentadas, menos de 1% foram pesquisadas geneticamente.

Esse "ouro verde" rende milhões para empresas estrangeiras, mas o país não costuma receber um centavo por ele, mesmo que as espécies nasçam e cresçam somente aqui. Notório - e milionário - é o caso do Capoten, o medicamento para regular a pressão arterial comercializado pela Bristol-Myers Squibb. Com faturamento anual estimado em US$ 5 bilhões, o Capoten é feito à base de captopril, substância encontrada no veneno da jararaca. A jararaca é um produto puramente brasileiro. Mas todo o lucro com a venda do medicamento fica com a empresa, americana, que detém a patente sobre ele. Um negócio tipicamente brasileiro.

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Renda limita crescimento econômico

O encolhimento da renda dos brasileiros é o principal entrave para um crescimento econômico significativo na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Informe Conjuntural referente ao primeiro trimestre do ano, a entidade lembra que os gastos das famílias respondem por 60% do consumo total do País e que, portanto, a estagnação dos rendimentos poderá limitar um "retorno mais expressivo da atividade econômica".

A CNI recorda que os trabalhadores da indústria ganharam cerca de 0,3% menos em janeiro deste ano em relação ao salário obtido em igual mês do ano passado. A queda do rendimento mensal foi a segunda consecutiva, segundo o último dado da entidade.

A solução para o País crescer sem restrições, seria, como destaca a análise, a injeção de investimentos privados. "A superação gradual dessas adversidades e a consolidação de expectativas positivas, com a efetiva recuperação da atividade produtiva no primeiro trimestre, deve ensejar as empresas a retomarem seus projetos de investimentos, em especial os de ampliação de capacidade e instalação de novas plantas", aposta o informe da CNI.

Além da corrosão da renda individual, o consumo do País é afetado pela tímida reação do mercado de trabalho. O emprego industrial não tem acompanhado, até onde os dados podem informar, a trajetória de retomada de crescimento do setor. A CNI conclui que, nos primeiros momentos de recuperação, a necessidade de conseguir mão-de-obra para atender ao crescimento da produção é suprida, principalmente, com o aumento das horas trabalhadas.

Com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo mostra que, em janeiro (dado mais recente), o emprego na indústria recuou 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos outros setores, entretanto, o mercado de trabalho dá sinais de melhora. No comércio, o crescimento da população ocupada alcançou 4,4% em fevereiro na mesma base de comparação. Nos serviços, a taxa foi de 3,1%. Mas a fraca absorção de trabalhadores pela indústria fez a média da taxa de ocupação crescer 1,4%.

Apesar do emprego e renda estarem em baixa, a economia, para a CNI, está em rota de retomada de crescimento. Tanto que o fluxo de investimentos foi mantido, mesmo diante da crise Argentina. O risco do País diminuiu, assim como a pressão sobre câmbio.

A expansão trará inconveniências para a balança comercial, segundo o informativo da CNI. Haverá déficit a partir do segundo semestre em decorrência do aumento das importações brasileiras.

Apesar dessa estimativa, a CNI manteve previsão de superávit em torno de US$ 4,3 bilhões na balança comercial, em 2002. Os dados da entidade apontam que os próximos meses do primeiro semestre apresentarão superávits comerciais ainda maiores do que os verificados nos primeiros três meses do ano. A razão dessa estimativa decorre do início dos embarques da soja. Além disso, a recuperação gradual registrada na economia, durante o primeiro trimestre, poderá alavancar um pouco o volume de importações no segundo trimestre deste ano.

O Informe da CNI apontou, ainda, que nos primeiros meses deste ano foram registradas quedas nas importações em todas as classes de produtos. Os combustíveis, os lubrificantes e os bens de consumo duráveis foram os que mais apresentaram redução nas compras externas. Alguns fatores apontados pelo estudo foram o desaquecimento da economia doméstica e o encarecimento dos preços em reais devido à elevação de taxa de câmbio.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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