Mulheres
em breve serão maioria na Internet
A colunista
da Folha de S.Paulo Maria Ercília informa em artigo que,
segundo o estudo "O Rosto da Web", do grupo Angus Reid,
o número de mulheres usando a Internet será maior
do que o de homens brevemente. De acordo com a pesquisa, são
300 milhões de pessoas usando hoje a Internet, 59% delas,
homens.
A projeção
de novos usuários para este ano é de 150 milhões,
e a porcentagem de mulheres deve subir para 54%.
O estudo foi
baseado em entrevistas com mais de 28 mil pessoas, em 34 países,
e mostra que a cara da Internet está mudando de outras formas.
Este ano, mais "baby boomers" (adultos entre 40 e 55 anos)
do que adolescentes e jovens adultos vão se conectar à
Internet pela primeira vez.
Ao mesmo tempo,
um estudo da ONU aponta para uma abismo tecnológico: pouco
menos de 5% da população mundial usam a Internet;
quase metade dos internautas está nos EUA. Alemanha, Reino
Unido, Itália, França, Holanda, Espanha, Canadá
e EUA concentram 246 milhões de usuários -mais de
89% dos internautas do mundo.
Leia
artigo de Maria Ercília
Leia reportagem da Folha de S.Paulo
|
|
|
Subir
|
|
Mulheres
em breve serão maioria na Internet
MARIA ERCILIA
A julgar por uma pesquisa recente, a Internet começa a mudar
de cara. O estudo "O Rosto da Web", do grupo Angus Reid,
afirma que, em breve, o número de mulheres usando a Internet
será maior do que o de homens.
De acordo com a pesquisa, são 300 milhões de pessoas
usando hoje a Internet, 59% delas, homens.
A projeção
de novos usuários para este ano é de 150 milhões,
e a porcentagem de mulheres deve subir para 54%.
Em países
onde o acesso à Internet é mais difundido, como EUA,
Finlândia, Canadá, Austrália, Suécia,
Holanda e Suíça, a porcentagem de mulheres deverá
chegar a 60%.
O estudo foi
baseado em entrevistas com mais de 28 mil pessoas, em 34 países,
e mostra que a cara da Internet está mudando de outras formas.
Este ano, mais "baby boomers" (adultos entre 40 e 55 anos)
do que adolescentes e jovens adultos vão se conectar à
Internet pela primeira vez.
Os principais
motivos citados pelas pessoas para usar a Internet são informação
e pesquisa, comunicação, curiosidade geral e comércio
eletrônico.
Aos poucos,
a Internet vai deixando de ser um território preferencialmente
de jovens do sexo masculino, para se tornar mais parecida com o
mundo.
O grupo que
demonstra mais resistência é o de pessoas de mais de
55 anos, que são as menos interessadas em se conectar à
Internet.
O estudo confirmou
o avanço dos bancos on line brasileiros. Ficamos em sétimo
lugar entre os países que mais usam serviços bancários
via Internet, empatados com a Bélgica.
O grupo não
divulgou o ranking completo, mas a África do Sul ocupa o
primeiro lugar e a Alemanha, o segundo. O Canadá empata com
a Austrália em oitavo. No 13º lugar está a Espanha,
à frente dos EUA (em 14º). Logo atrás, vem a
Turquia, em 15º.
Comércio
eletrônico
Cerca de 120
milhões de pessoas já fizeram compras via Internet,
segundo o estudo. Estão nos Estados Unidos 54% destas pessoas.
As áreas urbanas do Brasil, Chile e México estão
empatadas: 4% da população adulta já teria
feito compras on line.
O segundo lugar
em comércio eletrônico fica com a Suécia, seguida
de perto pela Suíça, Canadá e Austrália.
Não houve
muita surpresa no tipo de mercadoria comprada: em primeiro lugar
estão os livros, seguidos de computadores e softwares. O
terceiro e o quarto lugares ficam com CDs e roupas. Cerca de 24%
das compras foram feitas por impulso.
Um número
novo e muito significativo: o download de música já
está empatado com bate-papo. Os usuários que já
copiaram música na Internet chegam a 36%, sendo que 37% costumam
conversar on line. As regiões: Estados Unidos, países
da América Latina e Ásia, Turquia e Egito.
Mais informações
em www.angusreid.com
MP3 chega
à sala de visitas
Os fabricantes
de hardware não têm dúvidas de que o MP3 veio
para ficar.
Se tivessem,
não estariam lançando aparelhos de som como o Rio
Receiver, um estéreo com controle remoto para ouvir música
do PC em qualquer lugar da casa. Logo atrás vem o Nomad Jukebox
da Creative Labs, que terá capacidade para o equivalente
a 150 CDs e pode ser ligado a um aparelho de som.
(Folha de S.Paulo)
|
|
|
Subir
|
|
Nem
5% do mundo usa Internet, diz ONU
Relatório
da ONU confirma o abismo tecnológico e de informação
que separa a América do Norte, a Europa Ocidental e o Japão
do restante do mundo no que se refere à difusão da
Internet e pede a criação imediata de uma "força
especial" para a democratização do acesso à
rede.
O estudo, feito
por especialistas de 17 países, afirma que 276 milhões
de pessoas, ou pouco menos de 5% da população mundial
(cerca de 6 bilhões), usam a Internet. Quase metade dos internautas
está nos EUA. Na Finlândia, há mais servidores
que em toda a América Latina. E, em Nova York, o número
é superior ao da África.
Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Holanda, Espanha,
Canadá e EUA concentram 246 milhões de usuários
-mais de 89% dos internautas do mundo.
Em 2004, o comércio
eletrônico deve movimentar US$ 7 trilhões (quase 13
vezes o PIB brasileiro), contra US$ 45 bilhões em 1998.
Com base nisso,
os especialistas pedem ação urgente para que, até
2005, todos tenham acesso à Internet, ainda que precisem
caminhar durante meio dia até o micro mais próximo.
Para eles, o fim da "exclusão digital" reduziria
a brecha entre países ricos e pobres.
"Quem não
pegar o "expresso Internet" será cada vez mais
marginalizado. Países em desenvolvimento só poderão
competir no mercado global caso participem dessa revolução",
disse à Folha, por telefone, Timothy Wall, especialista em
informação da ONU.
"A análise
será um tema prioritário no encontro do G-8 (grupo
dos sete países mais ricos do mundo e a Rússia), em
julho, e na Assembléia do Milênio."
Chuck Lankester,
consultor da ONU em tecnologia, acredita que "é perfeitamente
possível que, no final de 2004, um agricultor da África
consiga chegar a um ponto de acesso, ainda que andando".
A principal
proposta para combater essa disparidade diz respeito à ampliação
de centros comunitários de acesso e ao uso de escolas e bibliotecas
na iniciativa.
A tradução
de sites para línguas como chinês, árabe e persa
também ajudaria a melhorar a imagem da rede entre governos
que a vêem com desconfiança.
Os responsáveis
pelo estudo, que usaram dados do Banco Mundial, da União
Européia, da ONU e de vários centros de informação,
pedem doação inicial de US$ 500 milhões a organizações
e empresas públicas para melhorar a infra-estrutura do acesso
à Internet. O setor privado contribuiria com mais US$ 500
milhões.
O painel recomenda
ainda o perdão de 1% da dívida externa dos países
em desenvolvimento que se comprometerem a investir esse valor na
difusão da Internet.
Em resposta
a prováveis críticas de que outras formas de ajuda
-relacionadas à alimentação e à saúde-
deveriam ter prioridade, Lankester diz que líderes de países
em desenvolvimento pedem cada vez mais assistência tecnológica.
"Eles dizem:
"Por favor, continuem a nos dar peixe, mas forneçam
também as varas de pescar, a fim de que possamos sair dessa
situação desesperadora"."
O relatório
declara que "é espúria a afirmação
de que a expansão só deveria vir após o combate
à pobreza. Avanços tecnológicos aceleram os
benefícios".
Para os especialistas,
"a Internet beneficia a exportação, melhora a
administração do setor público e leva informações
sobre educação e saúde a muitas pessoas".
(Folha de S.Paulo)
|
|
|
Subir
|
|
|