Brasileiro
pára de comprar
O brasileiro
parou de comprar. Agora foram as compras à vista que despencaram.
Até então, o consumidor tinha freado as compras à
prazo por receio dos juros altos. Agora ele já sabe que não
tem dinheiro para pagar uma compra hoje. O dado mais representativo
do que está acontecendo é a queda de 0,8% no volume
de consultas ao Telecheque. A avaliação de que a população
está reduzindo os gastos com despesas rotineiras é
reafirmada pelos supermercados.
Como a crise
já está afetando o emprego, há uma retração
nas vendas à vista e pagas com cheque. É que cresceu
o número de categorias em férias coletivas e aumentou
o risco de demissões por causa da desaceleração
no ritmo de atividade. O cheque pré-datado é usado
porque não existe juros sobre eles. O crescimento no pagamento
das compras com cheque pré-datado demonstra que o impacto
do racionamento de energia elétrica e a deterioração
do cenário macroeconômico foi absorvido pelo consumidor.
O mês
de setembro será decisivo para o comércio avaliar
as perspectivas de fim de ano. Só depois é que o mercado
decidirá sobre as encomendas e a contratação
de mão-de-obra para o final de ano. Por enquanto, a expectativa
é de que não haja demissões. Tampouco ocorrerão
as costumeiras contratações de empregados para o Natal,
segundo já prevêem alguns empresários.
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Consumidor
segura as compras à vista
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