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meio ambiente
01/07/2004
Petrobrás investe milhões em água limpa

Duas organizações não-governamentais paranaenses foram contempladas no Programa Petrobrás Ambiental, que selecionou 30 projetos de proteção de recursos hídricos. Ao todo, o programa vai investir R$ 40 milhões, em dois anos, no trabalho dessas entidades. O Paraná ficou com R$ 3,8 milhões.

A Associação de Agricultura Orgânica do Paraná (Aopa), com sede em Curitiba, é a sexta entidade em volume de recursos entre as selecionadas. Vai receber R$ 2,83 milhões para o projeto Iguatu: Redesenhando a Gestão dos Recursos Hídricos na Agricultura Familiar Através da Agroecologia.

Em 20 municípios paranaenses e um de São Paulo, Barra do Turvo, a ong vai desenvolver, com agricultores familiares, projetos de gestão de recursos hídricos com preservação da natureza. "Mesmo em pequenas propriedades, a produção gera contaminação da água por adubo, dejeto de animais e erosão", diz Rogério Rosa, presidente da ong.

Trabalhando com a Cooperativa de Reforma Agrária, ligada ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Universidade Federal do Paraná, Embrapa Floresta e Federação dos Trabalhadores em Agricultura Familiar do Paraná, a Aopa vai repassar técnicas de reconversão agrícola para que a produção conserve e recupere os recursos ambientais.

A outra ong selecionada no Estado foi a Associação do Centro de Educação Sindical (Acesi), de Francisco Beltrão, que vai receber R$ 1,059 milhão para implementar o projeto Água e Qualidade de Vida em 25 municípios da Região Sudoeste do Estado. O projeto terá colaboração de 22 sindicatos rurais da região. A intenção é recuperar nascentes em pequenas propriedades rurais. "Hoje há um costume de perfuração de poços artesianos que acabam matando a nascente. Nós vamos arborizar as fontes de água e construir abastecedouros nas propriedades", diz Leones Dall’agnol, um dos coordenadores do projeto. No total, prevê a recuperação de 660 nascentes na região, além de trabalhar com educação ambiental para os pequenos produtores rurais.

Nesta seleção pública participaram 1.681 projetos, inscritos entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano. Deveriam propor a recuperação de rios ou matas entorno de águas, preservação de espécies de biodiversidades, levando em conta a sustentabilidade do projeto após os dois anos de financiamento. A intenção é fazer com que os projetos andem "por conta própria" para que o programa de financiamento contemple novas iniciativas. O maior valor financiado foi de R$ 3 milhões.

O Programa Petrobrás Ambiental é a primeira experiência da empresa em edital público para financiamento de projetos de meio ambiente. "É uma decisão correta da empresa abrir a seleção dos projetos", diz o diretor financeiro da Petrobrás, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

Algumas iniciativas famosas, como o Projeto Tamar, de preservação de tartarugas marinhas, em oito estados brasileiros, já contam com a ajuda da companhia sem o edital público. O Tamar foi o primeiro a ser financiado, com apoio da Petrobrás há 23 anos, recebendo hoje R$ 1,5 milhão por ano. Em junho o Tamar somou 6 milhões de filhotes devolvidos ao mar.

Prevenção
Além do financiamento de projetos externos, a direção da empresa garante que está investindo fortemente em pesquisa e gestão ambiental para evitar acidentes durante a produção. Nos últimos quatro anos, a Petrobras colocou R$ 6,2 bilhões no programa Pegasus, de gestão ambiental interna. "Pela natureza da nossa produção o trabalho é arriscado e temos o compromisso de tentar minimizar os impactos ambientais", diz Jose Sergio Gabielli Azevedo. O estudo e desenvolvimento de novas fontes de energia, menos poluentes, como o gás natural e energias renováveis, são novos mercados que estariam recebendo aporte da empresa.

As informações são da Gazeta do Povo, de Curitiba-PR.

   
 
 
 

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