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Programa Nacional
04/08/2004
Educação sexual é prioridade para o coordenador do programa anti-Aids

O novo diretor do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, assumiu ontem o cargo prometendo dar maior atenção à educação sexual nas escolas. A idéia é ampliar um projeto que atualmente orienta crianças e adolescentes para os perigos das doenças sexualmente transmissíveis e distribui preservativos a jovens a partir de 14 anos. Depois da cerimônia de posse, o ministro da Saúde, Humberto Costa, negou que haja risco de desabastecimento de preservativos no Brasil nos próximos dias.

"Não há possibilidade de falta de preservativo".

Programa no governo FH
Após ter dirigido o programa de DST/Aids de 1996 a 2000, Chequer retornou ao comando do setor já com a obrigação de evitar a falta de preservativos e de medicamentos para portadores do HIV. A ameaça teve início em maio, quando Humberto Costa suspendeu todas as compras do Ministério da Saúde depois que vieram à tona as irregularidades nas licitações de hemoderivados, desvendadas pela Operação Vampiro, da Polícia Federal.

Após a mudança dos critérios de licitação, o Ministério da Saúde comprou 400 milhões de preservativos da Polar Pharma, que vendeu o produto a R$ 0,0664 a unidade. Os testes para liberação do produto levariam de três a quatro meses. Chequer disse que o governo distribuirá aos estados com menor estoque 500 mil preservativos a partir de amanhã. As unidades foram cedidas pela organização não-governamental Bemfam.

Chequer também disse que um navio estaria preso no porto de Santos, em São Paulo, com 10 milhões de preservativos aguardando uma decisão judicial para serem liberados. Esses preservativos já tinham sido comprados pelo governo antes da reformulação nas regras da licitação do ministério. Agora, a compra é alvo de análise jurídica para detectar se houve fraude. O governo acredita que a compra tenha sido realizada de forma regular e que o carregamento vá livrar o país de desabastecimento.

" A informação que tenho é que a rede está abastecida", afirmou Chequer que, apesar de ter trabalhando no governo de Fernando Henrique Cardoso, afirmou em seu discurso de posse ter lutado pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2002.

O ministro Humberto Costa anunciou a liberação de R$ 15,7 milhões para ampliar a rede de tratamento de portadores do HIV. O dinheiro será empregado na melhoria da assistência especializada, da assistência domiciliar terapêutica, dos hospitais-dia, dos hospitais credenciados e dos centros de testagem e aconselhamento. O governo também quer instalar brinquedotecas em unidades que tratam de crianças com Aids. Só esse projeto demandará R$ 700 mil do total do montante.

Chequer prometeu instalar nos centros de aconselhamento um sistema de testagem mais ágil.


CAROLINA BRÍGIDO
do jornal O Globo.

   
 
 
 

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