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mudança de discurso
10/03/2004
Genoino: ‘O que foi feito não basta’

BRASÍLIA. Pressionado pela ansiedade dos petistas com a retomada do crescimento da economia e pela necessidade de dar apoio ao governo Lula, o presidente do PT, José Genoino, mudou mais uma vez seu discurso e estava ontem mais afinado com as bases do partido, mesmo reafirmando que o PT não questiona a política macroeconômica do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Genoino esclareceu que a nota da executiva nacional do PT tinha como objetivo afirmar que só a estabilidade não basta e que é preciso uma política ativa de promoção do desenvolvimento.

Genoino explicou que durante a tramitação das reformas tributária e da Previdência, no ano passado, o partido e o governo se confundiram, pois era fundamental a aprovação da reforma da Previdência, mas que agora é preciso afirmar sua autonomia.

”Partido é partido, governo é governo. Estamos praticando uma política de autonomia mediada, relativa. Quando falamos em mudança não estamos dizendo que queremos desfazer o que já foi feito, mas que só isso não basta e que precisamos de uma política de desenvolvimento”, disse Genoino.

O presidente do PT considera que a equipe econômica não pode aceitar a redução de seu papel à questão macroeconômica e deve pôr no mesmo status de preocupação as questões da microeconomia. Esta postura, segundo Genoino, não tem o objetivo de estabelecer um confronto mas o de criar uma corrente pelo desenvolvimento, pois o ajuste fiscal e monetário não pode ser um fim da política econômica, mas um meio para se criar mais empregos e impulsionar o crescimento.

”Não queremos alterar o que o governo está fazendo, queremos é fazer mais. Há um consenso de que não podemos fazer mudanças aventureiras nas políticas monetária, cambial e fiscal. Mas é preciso mais ousadia na promoção do desenvolvimento”, afirmou Genoino.

Mesmo assim, ele reconheceu que há muita inquietação no partido com a demora do espetáculo do crescimento anunciado pelo presidente Lula em meados do ano passado. Mas fez questão de ressaltar que o documento do diretório nacional do PT em nenhum momento questiona o superávit primário de 4,25% e nem a política de juros.

Eleições
Acrescentou que os petistas também evitaram caracterizar a política econômica como ortodoxa ou conservadora. Por isso, a posição petista estaria mais relacionada com a necessidade do PT de reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento, tendo em vista as eleições municipais de outubro, do que a uma crítica aos rumos da economia.

”O PT é um partido grande e complexo e estamos nos preparando para ganhar as eleições”, resumiu Genoino.




As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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