Transporte
12/03/2008

Futuro das ciclovias na cidade de São Paulo

Erika Vieira



Nas últimas semanas o congestionamento na cidade de São Paulo vem batendo recordes. Uma das vias que mais recebem reclamação de trânsito travado é a avenida Paulista. Então por que será que no projeto da reforma das calçadas não foi incluído a construção de uma ciclovia? Já que em pesquisa realizada pelo Ibope-Nossa São Paulo, dos 1,7 milhões de motoristas, 1 milhão disseram que trocariam seus carros por uma bicicleta. (1,2 milhões trocariam por trem; 1,1 milhões por ônibus e 1,1 por metrô). Quando consultada a prefeitura informou que não recebeu nenhum pedido da população. Porém toda a última sexta-feira de cada mês a avenida é tomada por ciclistas que pedalam como forma de chamar atenção para o problema da saturação dos carros nas ruas e da poluição. Eles até batizaram um dos canteiros com o nome de Praça dos Ciclistas. “O ideal seria um corredor de ônibus no meio da Paulista e um metro de cada lado reservado para ciclovia”, fala André Pasqualini, um dos ciclistas integrante do movimento.

Outro ponto que para nos horários de pico é a Marginal Pinheiros. Mas, um projeto em elaboração na Secretaria de Saneamento e Energia pretende aliviar esse estresse paulistano com a criação de uma ciclovia ligando a região do Autódromo de Interlagos à Cidade Universitária. Serão ao todo 44 quilômetros de ciclovia. A primeira etapa da construção será de 14 quilômetros, utilizando uma pista de terra que já existe ao lado da linha de trem. Esse trecho irá da Usina Elétrica de Pedreira até a Usina de Traição. As obras estão prevista para o início de 2009 em parceria com a prefeitura, CPTM e com o Metrô. “A ciclovia terá uso múltiplo, servirá para lazer, esporte e transporte”, diz a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena. Esse projeto faz parte de um plano para melhorar não só o trânsito como também a qualidade das margens do rio Pinheiros. “Assim como o Projeto Pomar essa iniciativa ajuda a revitalizar a margem do Pinheiros. Temos que cuidar de todo ecossistema dos rios”, fala a secretária.

Há a possibilidade dessa ciclovia no futuro se interligar com a da avenida dos Bandeirantes. Isso porque está em analise na CET a construção de uma nesta avenida como resultado de um processo de licença ambiental. Também há para aprovação na CET uma pista de bicicleta que vai do Parque Santo Dias, no Capão Redondo, passando pela ponte João Dias e seguindo paralelamente a marginal até a ponte do Morumbi. Este último projeto foi apresentado por Pasqualini. “Pedalar em São Paulo não é tão difícil como muitos imaginam. Na minha opinião das capitais é a melhor do Brasil para se pedalar, bem melhor que o Rio de Janeiro [cidade brasileira com maior número de vias exclusivas para bicicleta, 140 km], por exemplo”, diz.

E com certeza até o fim deste semestre, de acordo com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, São Paulo ganha 12,2 km reservados para que as pessoas se locomovam pedalando na Radial Leste. A ciclovia irá da estação do metrô Corinthians-Itaquera até a estação Tatuapé.


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