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trabalho
15/10/2004
Indústria de SP contrata mais que em 2000

O emprego na indústria paulista cresceu 0,33% em setembro -a maior alta para o mês desde 2000, quando a economia brasileira avançou à taxa de 4,3%. Até o mês passado, a indústria havia criado 51 mil vagas no Estado, levando o nível de emprego a subir 3,34% em relação aos nove primeiros meses de 2003.

Os dados são da Pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp/Ciesp e mostram que o crescimento no número de contratações é inclusive mais robusto do que o registrado em 2000, último ano em que, na prática, a economia não teve seu crescimento restringido por crises respondidas com aperto monetário recessivo pelo governo.
Entre 2001 e 2003, a indústria paulista eliminou nada menos do que 102 mil vagas de trabalho.

Em setembro, foram criados 5.158 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, a alta foi de aproximadamente 52 mil vagas -ou seja, foi recuperada metade da perda dos últimos três anos.

Nilton Bastos, do Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas da Fiesp/Ciesp, prevê que a recuperação registrada até agora se estenda até o final do ano. Segundo as previsões de Bastos, a indústria fechará o ano com saldo positivo de 60 mil vagas.

Ele faz uma avaliação otimista e não vê, no quadro atual, sinais de grandes barreiras para que o movimento de expansão da indústria continue. Mesmo a alta no preço dos combustíveis, diz Bastos, não será um problema desse ponto de vista. Ele argumenta que o setor já paga o petróleo com base nos preços internacionais.

A alta do diesel, admite o empresário, pode ter impacto no preço de fretes, mas ele faz a ressalva de que essa é uma situação enfrentada igualmente por toda a indústria, inclusive pelos concorrentes internacionais das empresas brasileiras.

"Se vocês me perguntarem o que quero [como industrial], diria que quero isonomia, e essa é uma situação em que há isonomia", disse o representante da Fiesp.
Bastos não perdeu a oportunidade para ressaltar as áreas em que não havia "isonomia", chamando a atenção principalmente para as condições de financiamento brasileiras, afetadas pelas elevadas taxas de juros.

Ao contrário dos resultados do primeiro semestre, quando ainda havia um peso predominante das exportações no resultado positivo da indústria, os meses mais recentes mostram uma dispersão cada vez maior da recuperação.

As exportações não deixaram de ter importância no resultado, mas há mais setores voltados ao mercado interno exibindo resultados positivos. Dos 47 sindicatos setoriais consultados pela pesquisa, 77% expandiram ou mantiveram estável a força de trabalho, enquanto apenas 11 registraram desempenho negativo.


MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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