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projovem
16/05/2005

Curso visa 14 mil jovens desempregados

Cerca de 14 mil desempregados com idade entre 18 e 24 anos de dez capitais brasileiras que têm o antigo ginasial incompleto — ou seja, que concluíram a 4ª série do ensino fundamental, mas abandonaram a escola sem completar a 8ª série — terão uma nova oportunidade e estímulo para elevar sua escolaridade. Trata-se do primeiro curso anual oferecido pelo ProJovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens). Além da educação tradicional, os estudantes receberão formação profissional direcionada ao mercado de trabalho da cidade em que vivem e uma ajuda de custo no valor de R$ 100 mensais. Os alunos ainda terão que participar de ações sociais em suas comunidades.

O governo federal pretende aplicar R$ 311 milhões para levar o programa a 200 mil jovens de todas as capitais brasileiras até o final do ano. A verba será destinada ao pagamento de salários e à formação dos professores e gestores; à compra de material didático, equipamentos de informática e lanche par os alunos; e ao auxílio financeiro pago aos estudantes que freqüentarem mais de 75% das aulas e entregarem todos os trabalhos exigidos.

O curso tem duração de 12 meses, sem férias. O período das aulas será definido pelas prefeituras. A carga horária estabelecida pelo MEC — de 1600 horas-aula —, no entanto, terá de ser cumprida. O cronograma de atividades presenciais, que prevê 1200 horas-aula, se divide em 850 horas de educação escolar, 350 de ensino profissionalizante e 50 de trabalhos para a comunidade. As 400 horas restantes deverão ser cumpridas em visitas a museus ou pesquisas de campo.

Ao final das aulas, os estudantes receberão um certificado de conclusão do ensino fundamental. Depois disso, eles passam por uma avaliação externa — elaborada e aplicada por universidades federais — que tem a finalidade de legitimar a qualidade da formação.

Essa primeira etapa do ProJovem, que começa em junho, beneficiará moradores de Boa Vista (RR), Rio de Janeiro (RJ), Porto Velho (RO), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Campo Grande (MS), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG). Nessas dez capitais, devem ser contratados 480 professores do ensino fundamental, 96 educadores de qualificação profissional, 48 assistentes sociais e 61 gestores para implantar o programa nos municípios. As prefeituras farão a seleção dos profissionais e disponibilizarão o espaço físico onde serão realizadas as atividades do curso.

Em algumas das capitais beneficiadas, todos os jovens que se enquadram no perfil do programa poderão ser atendidos. É o caso de Porto Velho, em Rondônia, e Boa Vista, em Roraima. Nas demais cidades, a demanda certamente será maior que as vagas oferecidas, prevê o governo, mas a segunda etapa do ProJovem, que começa no início do segundo semestre deste ano, deve atender boa parte dos jovens, afirma a coordenadora do programa, Maria José Feres.

O desempenho do ProJovem será acompanhado por um Sistema de Monitoramento e Avaliação — composto por universidades públicas que analisarão a qualidade do ensino do curso. O objetivo é garantir que sejam cumpridas na prática as diretrizes do ProJovem.

O PNUD apóia o ProJovem por meio do projeto Inclusão Educacional, que também auxilia programas educacionais em comunidades quilombolas e em regiões rurais do Brasil.

As informações são do PNUD Brasil.

   
 
 
 

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