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17/02/2004
Lula volta a defender união de países ricos e pobres no combate à fome

BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ontem a pedir que países ricos e pobres façam um pacto de combate à exclusão social e à fome no mundo. Em videoconferência ontem, no encerramento da Conferência Anual da Rede Parlamentar de Membros do Banco Mundial, Lula afirmou que esta não é uma batalha apenas dos países que passam fome:

" Vencer o déficit social dos países pobres e em desenvolvimento requer a participação de todos vocês. Só assim o combate à exclusão vai gerar oportunidades e não mais dependência. Falta, portanto, erguer uma ponte entre os dois mundos. E só poderemos erguê-la se construirmos essa ponte juntos".

Segundo ele, há 1,3 bilhões de pessoas que vivem com carências básicas. Hoje, afirma o presidente, 57 milhões de latino-americanos vivem com menos de um dólar por dia e 58% das crianças vivem quase na extrema pobreza. Para Lula, a globalização não trouxe a prometida convergência da riqueza:

"Ao contrário. Desequilíbrios históricos têm se agravado e distorções comerciais e financeiras continuam a drenar o mundo da escassez para irrigar o mundo da riqueza. A desigualdade sempre foi medida por padrões econômicos, mas superá-la requer decisões políticas".

Cooperação multilateral

Para Lula, trata-se de construir um consenso internacional para corrigir as assimetrias que têm empurrado países pobres e em desenvolvimento numa espiral descendente e intolerável.

"É mais sensato evitar que esses países se obriguem a escolher, mais cedo ou mais tarde, entre a asfixia e o desespero. O melhor caminho é o da cooperação multilateral".

Lula lembrou a reunião no dia 30, em Genebra, na Suíça, para discutir maneiras de tentar erradicar a fome no mundo.

"A fome, a miséria não são situações imutáveis ou irremediáveis. Acreditamos que os recursos financeiros para combatê-la podem ser obtidos, uma vez mobilizada a necessária vontade política".

Segundo o presidente, no encontro foram sugeridas ações concretas, como a criação de um grupo para estudar propostas sobre fontes de financiamento para um fundo multilateral de combate à fome. Lula citou como exemplo a taxação sobre certas transações internacionais, como o comércio de armas e fluxos financeiros, em especial os que usam paraísos fiscais.

"Esse grupo técnico deverá elaborar um relatório, para contribuir com os trabalhos da reunião de líderes mundiais que estamos propondo para os primeiros dias da próxima Assembléia Geral das Nações Unidas, em setembro".




As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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