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economia
18/02/2004
Meirelles: Brasil vai ''viver sem o FMI''

PARIS e SÃO PAULO - O Brasil está se preparando para ''viver sem a ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional)'', disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, em entrevista ao jornal francês Les Echos, publicada ontem. Meirelles destacou o esforço do governo para ''reduzir a vulnerabilidade externa'' melhorando o perfil da dívida pública e recompondo as reservas internacionais.

"Em setembro, fixamos o objetivo de atingir US$ 20 bilhões em reservas líquidas até o fim deste ano, e em fevereiro já estamos em US$ 21 bilhões", afirmou.

O presidente do BC defendeu mais uma vez a cautela do Comitê de Política Monetária (Copom), que no mês passado interrompeu a seqüência de reduções na taxa básica (Selic):

"Não haverá crescimento e emprego num contexto inflacionário", alertou.

O Copom fixa hoje os juros que vão vigorar no próximo mês. Em janeiro, a expectativa dos analistas de mercado, que apostavam num corte de 0,5 ponto percentual, acabou sendo frustrada. Agora, com as advertências do BC sobre a inflação, o consenso é de que não haverá redução da Selic. Na entrevista, Meirelles lembrou que a taxa já caiu dez pontos percentuais desde meados do ano passado. Diante da perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos, o que reduziria o fluxo de dólares rumo ao Brasil, o presidente do BC afirmou que a atual política monetária permitirá ao país ''se preparar para um período de menor liquidez internacional''.

À espera do Copom, a Bolsa de Valores de São Paulo interrompeu a seqüência de três quedas, num dia de grandes oscilações. O Ibovespa, principal índice do mercado, subiu 1,07%, para 22.426 pontos, puxado pela valorização de ações de empresas exportadoras. A expectativa é de desvalorização do real frente ao dólar, com a retomada dos cortes de juros, o que beneficiaria as empresas que produzem para o mercado externo. A moeda americana subiu ontem 0,37%, fechando vendida a R$ 2,92, maior cotação desde o último dia 9. Usiminas PNA liderou os ganhos, com alta de 6,3%, enquanto Vale do Rio Doce ON subiu 4,71%.





As informações são do Jornal do Brasil.

   
 
 
 

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