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ibge
24/02/2005
Desemprego tem alta maior entre os mais escolarizados

A Síntese de Indicadores Sociais de 2003, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que o desemprego avançou com maior intensidade entre os que têm mais de oito anos de estudo. O problema atinge principalmente os que estudaram mais, os jovens e as mulheres.

Segundo o IBGE, esses grupos têm sido os mais afetados nos últimos anos. A entrada de jovens e mulheres no mercado de trabalho para contribuir com o sustento da família ou para custear os estudos é o fator causador dessa disparidade. A taxa de desemprego do país em 2003 ficou em 9,7%. Entre os jovens de até 17 anos, chegou a 19%. Para os de 18 a 24 anos, o percentual ficou em 18%.

Se no passado, diploma chegou a ser sinônimo de emprego, as pesquisas dos últimos anos reforçam a tendência de que as vagas para a mão-de-obra mais qualificada estão escassas. A taxa de desemprego entre os mais escolarizados chegou a 11,3%. De acordo com o instituto, o 'fenômeno do desemprego tem um componente estrutural no que se refere à geração de postos de trabalho mais qualificados'.

A situação está sujeita a mudanças de acordo com as diferentes regiões do país. No Sul, o problema ganha contornos mais suaves, com uma taxa de desemprego inferior à média nacional para os mais escolarizados, de 7,8%. No Norte, encontrar emprego com diploma de terceiro grau parece mais difícil, a taxa chega a 12,6%.

Rio de Janeiro e São Paulo tem taxas iguais, de 12,7%. Na região metropolitana de São Paulo, a situação é ainda mais difícil para o trabalhador com melhor nível de instrução: a taxa de desemprego chega a 14,4%.

A menor oferta de vagas para os que enfrentaram mais anos de estudos pode ser verificada pela queda de 1,1 ponto percentual na proporção de pessoas com rendimento acima de cinco salários mínimos. Normalmente, as vagas que exigem mão-de-obra qualificada têm remuneração mais alta. Em 2003, o percentual da população ocupada com renda superior a 5 salários ficou em 10,3%. No Sudeste, o percentual sobe para 13,7%, mas no Nordeste cai para 4,1%.


JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

   
 
 
 

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