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Leia
repercussão da coluna: A
verdadeira Fome Zero
Caro
Jornalista Sr. Gilberto Dimenstein!
Meu nome é Hebron Esdras Maess, sou enfermeiro
e hoje coordeno o CBD do Município de Guaratuba,
litoral do Paraná, e também já
trabalhei no Município de Tunas do Paraná.
No segundo acumulava o mesmo cargo acima e também
atuava como enfermeiro no Posto de Saúde, como
pode ver sempre trabalhei com saúde pública.
Mas quero me reportar a sua matéria. O senhor
diz que o novo governo deveria criar uma nova bolsa
- a bolsa pré-escola. eu não quero aqui
discordar do senhor em hipótese alguma, mas o
que vi nos municípios (pelo menos no que trabalhei
e onde trabalho) que a realidade é bem diferente.
Por exemplo, temos o bolsa alimentação,
o bolsa escola, o vale gás, enfim temos implantado
vários programas federais e estadual, mas quando
chega o dia de receber o benefício, o que vemos
na fila do caixa são pais que usam seus filhos
como meio de sobrevivência, ou seja, usam seus
filhos para que possam pegar este beneficio e usarem
num fim que não aquele proposto pelo governo.
Entendo
que isso é culpa talvez nossa, mas explico que
na triagem das famílias vemos que elas são
extremamente carentes, mas não fazem nada por
mudar isso. Ou seja, não querem mudar de vidas,
e quando saem do programa vem com toda sua força
de eleitor nos cobrarem, "por eu sai do programa,
e meu vizinho não?". O senhor não
acha que o governo junto com o programa, seja ele qual
for, deveria implementar um política de reeducação
destes pais?
Me
explico melhor, quando matricular seu filho na escola,
ele também deveria fazer o mesmo, num curso de
reciclagem, talvez um curso de algum ofício?
algo que ele pudesse aprender ate seu filho sair do
programa (em media os programas duram seis meses), ou
seja, ele teria um "curso técnico"
de artesanato, ou algo que seja matéria prima
do município onde ele vive?
Hebron
Esdras Maess
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