|
A
verdadeira Fome Zero
O IBGE
acaba de divulgar o pior dado social brasileiro: cerca de
metade das crianças do Brasil, entre zero e seis anos,
vive em famílias cujo chefe ganha até R$ 400.
Ou seja, é nessa fase que começa a derrota educacional.
É o futuro comprometido desde o berço _a maioria
delas não é atendida no sistema de educação
infantil. E, muitas das que são não recebem
atendimento de qualidade.
Se o PT
não quiser transformar (e, por enquanto, os sinais
não são alentadores) a campanha contra a fome
numa campanha de marketing, destinada a burilar a imagem de
social de Lula, deveria prestar atenção naquela
estatística sobre as crianças de zero a seis
anos. E mais: deveria ouvir os educadores do PT, a começar
do futuro ministro, Cristovam Buarque.
Uma medida
_cara, de difícil implementação, mas
consistente_ abateria a fome e, ao mesmo tempo, ajudaria a
educação brasileira. É a bolsa-pré-escola.
Os municípios seriam estimulados, com recursos federais,
a criar creches e escolas, atendendo a população
do zero a seis anos. Seriam, portanto, milhões de crianças
com, no mínimo, duas refeições.
Mais:
se os pais matricularem suas crianças em algum nível
de educação infantil, ganharia, a exemplo do
que ocorre no ensino fundamental, uma bolsa. Mais dinheiro
no bolso dos pais _e mais alimento para as crianças.
Dificilmente
haveria subnutrição com essa tipo de política,
nem de longe assistencial, já que exige uma contrapartida
educativa _e, ainda por cima, libera a mãe para trabalhar
com menos estresse.
| |
| Subir
| |
|