O principal
problema para a agricultura no Nordeste, o clima semi-árido,
tem solução. A tecnologia de ponta israelense
de irrigação e os conhecimentos de agronomia
em solo árido encaixam-se perfeitamente nas necessidades
dos agricultores nordestinos.
O Ceará, por exemplo, já utiliza os modernos
sistemas israelenses de irrigação por aspersores
(chuva artificial) e de gotejamento (jogar água apenas
na raiz da planta até formar um bulbo úmido
para a extração da água necessária)
para fazer deslanchar a exportação de produtos
agrícolas, principalmente as frutas, que já
atinge 12% do PIB do Estado. Para incrementar ainda mais os
negócios entre os dois Estados, foi criada a Câmara
Brasil-Israel de Comércio, Indústria, Turismo
e Cultura do Ceará, que tem ainda o potencial de proporcionar
cooperação na agroindústria, no planejamento
de infra-estrutura e no cuidado com o meio ambiente, produzindo
energia “limpa” (não-poluente) e controlando
a qualidade da água na área rural do Ceará.
O sucesso da ligação é tão grande
que já houve até a expansão da Câmara
para Pernambuco, o que também desenvolveu o setor de
tecnologia da informação no Estado.
Projeto Nordeste
Após a implantação de diversas fazendas
no sertão nordestino, o Projeto Nordeste ousa ainda
mais com a aquisição da Fazenda Nova Canaã,
projeto social que visa combater os problemas da seca. Com
investimento e tecnologia, alcançou novas dimensões
nos planos para a Fazenda Nova Canaã, que promete ser
um complexo com creche, clínica médica, restaurante
comunitário, área de lazer e esportes, pousada
e ainda uma vila residencial com 30 casas.
O sonho da construção de uma verdadeira cidade
já mostra traços de realidade. A Fazenda abriga
uma escola agrícola e uma convencional (que atende
mais de 300 crianças, de 3 a 6 anos, com direito a
transporte, alimentação, uniforme e assistência
médico-odontológica). Há também
um cuidado com os campos agrícolas, direcionados por
programas plurianuais de plantio e até planejamento
para a instalação de uma agroindústria.
O funcionamento dessas fazendas é baseado no molde
dos kibutzim israelenses, comunidades voluntárias coletivas
socialistas e predominantemente agrárias, onde a liderança
é conjunta entre os moradores e suprir necessidades,
como educação, é dever do kibutz. Não
há a idéia de privado e a renda é igualmente
dividida entre os trabalhadores, o que corresponde a toda
parcela adulta dessa sociedade. Esta unidade autônoma,
social e economicamente, pode também seguir o padrão
urbano, instalando-se na área urbana.
Gisela Chulman,
aluna do 2º ano do Colégio
Bandeirantes - gichulman@hotmail.com
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