REFLEXÃO

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RADAR DO MUNDO
06/06/2007

Tecnologia israelense abastece o Nordeste

  Gisela Chulman

O principal problema para a agricultura no Nordeste, o clima semi-árido, tem solução. A tecnologia de ponta israelense de irrigação e os conhecimentos de agronomia em solo árido encaixam-se perfeitamente nas necessidades dos agricultores nordestinos.

O Ceará, por exemplo, já utiliza os modernos sistemas israelenses de irrigação por aspersores (chuva artificial) e de gotejamento (jogar água apenas na raiz da planta até formar um bulbo úmido para a extração da água necessária) para fazer deslanchar a exportação de produtos agrícolas, principalmente as frutas, que já atinge 12% do PIB do Estado. Para incrementar ainda mais os negócios entre os dois Estados, foi criada a Câmara Brasil-Israel de Comércio, Indústria, Turismo e Cultura do Ceará, que tem ainda o potencial de proporcionar cooperação na agroindústria, no planejamento de infra-estrutura e no cuidado com o meio ambiente, produzindo energia “limpa” (não-poluente) e controlando a qualidade da água na área rural do Ceará.

O sucesso da ligação é tão grande que já houve até a expansão da Câmara para Pernambuco, o que também desenvolveu o setor de tecnologia da informação no Estado.


Projeto Nordeste

Após a implantação de diversas fazendas no sertão nordestino, o Projeto Nordeste ousa ainda mais com a aquisição da Fazenda Nova Canaã, projeto social que visa combater os problemas da seca. Com investimento e tecnologia, alcançou novas dimensões nos planos para a Fazenda Nova Canaã, que promete ser um complexo com creche, clínica médica, restaurante comunitário, área de lazer e esportes, pousada e ainda uma vila residencial com 30 casas.

O sonho da construção de uma verdadeira cidade já mostra traços de realidade. A Fazenda abriga uma escola agrícola e uma convencional (que atende mais de 300 crianças, de 3 a 6 anos, com direito a transporte, alimentação, uniforme e assistência médico-odontológica). Há também um cuidado com os campos agrícolas, direcionados por programas plurianuais de plantio e até planejamento para a instalação de uma agroindústria.

O funcionamento dessas fazendas é baseado no molde dos kibutzim israelenses, comunidades voluntárias coletivas socialistas e predominantemente agrárias, onde a liderança é conjunta entre os moradores e suprir necessidades, como educação, é dever do kibutz. Não há a idéia de privado e a renda é igualmente dividida entre os trabalhadores, o que corresponde a toda parcela adulta dessa sociedade. Esta unidade autônoma, social e economicamente, pode também seguir o padrão urbano, instalando-se na área urbana.
Gisela Chulman, aluna do 2º ano do Colégio Bandeirantes - gichulman@hotmail.com

   
Apresentação

O Radar do Mundo é produzido pelo projeto Idade Mídia do ensino médio do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, desenvolvido pelos jornalistas Alexandre Sayad e Gilberto Dimenstein, que mistura o mundo da educação ao da comunicação (a chamada educomunicação). Em uma sociedade em que a informação está presente na vida dos jovens durante o todo o tempo, a educação tem a necessidade de acompanhar essas novas demandas.

 
 
 

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