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04/03/2004
Impasse no acordo da revisão traz de volta as filas dos aposentados

Preocupados com a demora do Governo no fechamento do acordo para pagar a revisão dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os aposentados e pensionistas decidiram bater novamente à porta do Juizado Especial Previdenciário da Capital. As intermináveis filas, comuns no segundo semestre do ano passado, voltaram a se tornar rotineiras nos últimos três dias em frente ao prédio da Rua São Joaquim, na Liberdade.

Ontem, por volta das 8 horas da manhã, mais de 200 aposentados e pensionistas, entre segurados que já ingressaram com processo e outros que resolveram entrar com ação sem esperar pelo acordo, decidiram madrugar na fila. É o caso da aposentada Eclair Della Vanzi, de 74 anos, que chegou ontem às 5h30 ao Juizado para entrar com ação pedindo a revisão da aposentadoria pela Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional (ORTN).

“Resolvi chegar cedo para garantir meu lugar na fila e não ter que voltar outras vezes, mas agora vejo que poderia ter vindo um pouco mais tarde”, afirma a aposentada, que obteve o benefício em 1982. Têm direito à correção pela OTN/ORTN os aposentados e pensionistas que tiveram benefício concedido entre 1977 e 1988. O aposentado Aguinaldo Delazari, de 75 anos, também foi ao Juizado para ingressar com ação pedindo revisão pela OTN/ORTN. “Alguns vizinhos resolveram pedir a revisão e resolvi vir até aqui para saber se tenho mesmo direito”, conta. Aguinaldo se aposentou em 1979 e recebe benefício de três salários-mínimos (R$ 720).


Kits
O diretor do Juizado, Sérgio Dias, lembra que o órgão está recebendo, em média, 600 kits por dia, de segurados pedindo revisão do benefício — principalmente os que se enquadram no período que vai de março de 1994 a fevereiro de 1997, e que dá direito à correção pelo Índice de Reajuste do Salário Mínimo (IRSM).

O Juizado Previdenciário, criado para desafogar o Judiciário das pilhas de processos contra o INSS, recebe ações de quem ganha acima de um salário-mínimo (R$ 240) e pede revisão até 60 mínimos, o equivalente a R$ 14,4 mil. Segundo o diretor do Juizado, Sérgio Dias, o movimento no órgão também aumentou nos últimos três dias por conta dos segurados incluídos no primeiro lote, divulgado em dezembro, e que começaram a ter o benefício corrigido desde segunda-feira. Os atrasados, para este grupo, serão pagos em abril.

“O benefício corrigido está disponível na rede bancária, conforme o número final do benefício. Não é necessário vir até o Juizado”, lembra Dias. No total, 20.190 segurados foram incluídos no primeiro lote. Os atendimentos por telefone no Juizado cresceram 50% — de 400 para 600 por dia.

 


LUÍS ALFREDO DOLCI
do Diário de S. Paulo

 
 
 

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