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07/11/2003
Água reabre disputa entre Marta e estado

A Prefeitura de São Paulo e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) batem boca por causa do controle da água na Capital. Ontem, a prefeita Marta Suplicy (PT) reclamou dos investimentos da Sabesp no município.

“Temos consciência de que a Sabesp recolhe 60% na cidade, mas nem a metade disso é investido aqui. Muitas vezes investem em piscinas em cidades do Interior, enquanto bairros como Guaianazes necessitam de investimentos”, disse a prefeita, durante uma vistoria realizada em uma linha de ônibus que teve a frota renovada.

Ela garantiu que já esperava que a Sabesp fosse contrária à lei que transfere para o município o gerenciamento do serviço de água e esgoto da Capital. “Nós esperávamos essa reação da Sabesp, porque eles querem agir do jeito que querem. Mas a Prefeitura quer participar das decisões”, afirmou.

A prefeita também destacou que a Constituição é muita clara ao apontar que o município é o dono de sua água. Felipe Soutello, assessor da presidência da Sabesp, afirmou, entretanto, que Procuradoria Geral do Estado entrará com uma ação de inconstitucionalidade contra a lei porque os serviços de interesse comum, que ultrapassam as fronteiras dos municípios, são operados pelo estado.

Soutello também rebateu as críticas da prefeita. Ele explicou que praticamente todo o valor arrecadado pela Sabesp na cidade é investido no município. Em 2002, de acordo com Soutello, a arrecadação da Sabesp foi de R$ 3,6 bilhões. Dos R$ 2,1 bilhões provenientes da Capital, acrescentou, R$ 1,9 bilhão foi gasto na cidade.

Na avaliação do secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira, o projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal vem disciplinar o que já está previsto na Constituição. “Nunca houve nenhum entendimento jurídico de que o saneamento fosse de competência do estado. Com raríssimas exceções, todos os municípios do Brasil operam o saneamento. Entre eles, Santo André, Diadema, Sorocaba e Ribeirão Preto.”

Quanto ao fato de o município utilizar o água de outras regiões, o secretário disse que poderão ser feitos acordos entre consórcios intermunicipais.


Falta de água
Ontem, na Zona Norte, cerca de 8 mil pessoas ficaram sem água por causa do rompimento de uma rede de distribuição que passa pelo Conjunto Habitacional Jova Rural. A rede, uma tubulação de 15 centímetros de diâmetro, se rompeu por volta das 8h. O serviço foi restabelecido no final da tarde.


LUCIANA ACKERMANN
Do Diário de S. Paulo

 
 
 

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