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13/11/2003
Falta de professores faz alunos da rede municipal ficarem sem aula

A um mês do final do ano letivo, alunos de várias escolas municipais de ensino fundamental da cidade de São Paulo ainda sofrem com a falta do professor em sala de aula. O problema atinge classes de 5ª a 8ª séries, principalmente na periferia. Na maioria dos casos, o professor tira licença ou se aposenta e a escola não tem um substituto. Há escolas que têm falta de professores desde o início do ano. O sindicato dos professores do município confirma o problema. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, todas as aulas serão repostas e um concurso está sendo preparado para contratar professores substitutos.

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Júlio de Oliveira, em Perus, na Zona Norte, alunos da 8ª série do vespertino não têm aulas de educação artística desde o início do ano. Segundo o presidente do Conselho de Escola, Mário Flávio de Araújo, o professor de ciências também falta a metade das aulas que deveria dar. “Os alunos podem gostar da folga agora, mas isso os prejudicará no futuro”, afirmou Araújo, pai do estudante Marcus Vinícius, de 14 anos.

Na Emef Cândido Portinari, também em Perus, o problema é a falta do professor de português. “O aluno não é dispensado, mas qualquer pessoa da secretaria vai na sala de aula para ‘encher lingüiça’. É normal ter aula vaga de vez em quando, mas este ano passou dos limites”, disse a dona de casa Inês Bertolini, mãe de Aline, de 13 anos, da 8ª série.

Em Anhanguera, também na Zona Norte, alunos da 6ª série da Emef Paulo Prado estão sem aula de artes há mais de um mês. O problema, porém, já atingiu todas as classes de 5ª a 8ª série. “No começo do ano uma professora se aposentou e demoramos para conseguir a substituição. Depois, a outra professora ficou doente”, disse a diretora Selma Lorenzetti.

No outro extremo da cidade, no Jardim Ângela, Zona Sul, alunos do vespertino da Emef Oliveira Viana também sentem o problema. As amigas Juliana Oliveira, Thaís Santos e Daiane Montis, todas de 13 anos, da 7ª série, contaram que só começaram a ter aulas de inglês neste mês. “Ficamos quase o ano inteiro sem professor”, disse Juliana. Caroline dos Santos, de 12 anos, da 6ª série, disse que também ficou três meses sem professor de português. “A coordenadora ficava na classe”.

No Rio Pequeno, Zona Oeste, falta aula de matemática para os alunos da 7ª série do vespertino. “Toda semana tem dia que meu neto de 14 anos vem mais cedo para casa por falta de aula”, diz Élcio de Oliveira.


VIVIANE RAYMUNDI
Do Diário de S. Paulo

 
 
 

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