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administração
20/04/2005
Corte de remédios sem consulta sofre crítica
 

Na opinião dos conselhos regionais de Medicina e Farmácia, faltou transparência à administração José Serra (PSDB) ao fazer o corte de 149 remédios de uma lista de cerca de 300 fornecidos em postos de saúde de São Paulo.

O órgão que reúne os médicos, em uma análise inicial da lista, disse que no cômputo final a medida é boa, do que discorda o conselho de farmácia, também a partir de uma primeira avaliação.

"Não é uma atualização, mas uma racionalização. O que fica demonstrado é que você deixará de atender a uma parcela da população", afirma o presidente do órgão de classe dos farmacêuticos, Francisco Caravante Jr.

O farmacêutico destacou que a mesma equipe que elaborou a lista inicial é a que realiza o corte agora, o que denota que houve uma decisão administrativa, do secretário da Saúde, Claudio Lottenberg. "Corte técnico não existe. Nós [os farmacêuticos] substituímos. Quando um remédio caduca, substituímos por mais novos", continuou. "O corte tem "a cara" do Serra, é o perfil de organização econômica. Isso no final das contas afeta a população."

Um dos principais problemas apresentado por Caravante Júnior foi a redução de dosagens. Ele também utilizou como exemplo a retirada de um remédio tradicional para labirintite.

Já o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Isac Jorge Filho, afirmou que, a princípio, a secretaria fez um bom trabalho, mas o conselho deveria ter sido consultado para melhorar a questão das dosagens. "Como regra, é boa."

Anteontem, o secretário Lottenberg afirmou que os medicamentos cortados eram drogas que nunca tinham sido compradas pela administração anterior, de Marta Suplicy (PT), o que comprovaria uma "miopia". A assessoria da ex-prefeita negou. Ele afirmou ainda que parte dos remédios não é adequada e que havia excesso de dosagens.

De acordo com Lottenberg, os recursos para a compra de remédios aumentaram em 60%, chegando a R$ 6 milhões/mês.

Segundo Lottenberg, a racionalização é uma operação técnica da secretaria e não necessita ser discutida com os conselhos. Disse que a substituição das drogas cortadas será estudada.

FABIANE LEITE
da Folha de S. Paulo

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