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revitalização
23/02/2005
Procura-se novo Largo da Batata
 

Nas primeiras décadas do século passado, a construção da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) e do Mercado Caipira transformaram o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste, num lugar estratégico para a distribuição e comércio de cereais no Estado. Com o passar dos anos, o bairro mudou e atualmente é uma das regiões mais sofisticadas da cidade, cheia de restaurantes e casas noturnas.
No meio de uma das principais avenidas de Pinheiros, a Faria Lima, o Largo da Batata parece ter ficado, porém, preso ao passado. Com lojas, ambulantes e um grande terminal de ônibus intermunicipal, é o trecho mais decadente e degradado da região.

Mas há planos de revitalização. E, na manhã de ontem, a presidente da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), Heloísa Proença, reuniu-se com um grupo de empresários ligados à Bolsa de Imóveis de São Paulo e com o arquiteto Tito Lívio, que venceu em 2002 um concurso de projetos de reurbanizar o largo. Objetivo: discutir como fazer as reformas.

O projeto já leva em conta a passagem da Linha 4 do Metrô pelo largo. A nova linha deve ficar pronta em três anos e liga a Estação da Luz com a Vila Sônia, na zona oeste. Outras mudanças estão previstas: a retirada do terminal de ônibus da região e sua transferência para a Rua Capri, perto da futura Estação Pinheiros do Metrô e da linha de trem da Marginal. A mudança do terminal, porém, depende de parceria entre governo e Prefeitura.

Também vai ser construído um grande conjunto comercial no coração do largo, com ligação a um equipamento cultural da Prefeitura - que deve virar uma escola profissionalizante - e a uma galeria comercial, com bares e cinemas, com saída para a futura Estação Faria Lima do metrô. "O projeto tem a vantagem de poder ser feito aos poucos", explica Lívio.

A construção do centro comercial, entretanto, depende de parceria da Prefeitura com a iniciativa privada. Na reunião de ontem, os empresários da Bolsa de Imóveis pretendiam acertar acordo firmado ainda na gestão passada. Eles querem ceder um terreno de 4.500 m2 para a Prefeitura no largo em troca de permissão para construir o prédio comercial a uma altura superior ao previsto no zoneamento, além de pagar R$ 1,5 milhão ao Município. "No terreno que vamos ceder vai ser feita a escola prevista no projeto", explica Eduardo Belotti, da Bolsa de Imóveis.

Alguns passos importantes já foram dados para a obra sair do papel. No mês passado, o armazem da Cooperativa de Cotia, que pertence à Bolsa de Imóveis, foi demolido. Na terça, em nova reunião, Prefeitura e empresários devem dizer se vai ser feita a troca que permite a construção do prédio comercial.

O projeto deve ser feito com recursos dos leilões de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Urbana Faria Lima, mesmo artifício usado na gestão passada para conseguir dinheiro para construir os túneis da Avenida Rebouças e Cidade Jardim. A coordenadora do projeto na administração pestista, Marta Lagreca, conta que todo o empreendimento deve custar pouco mais de R$ 100 milhões, entre obras e desapropriações. "O projeto era prioritário, mas perdeu lugar para os túneis."

BRUNO PAES MANSO
do O estado de S. Paulo

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