SÓ SÃO PAULO
HOME | NOTÍCIAS | COLUNAS | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 

caso alves cruz
23/06/2004
Diretor pede direito de resposta

O diretor da Escola Estadual Professor Alves Cruz, Wilson Roberto Pedroso, pediu o direito de responder à matéria publicada neste veículo, no último dia 15. O texto relatava uma passeata organizada por seus alunos até a Diretoria de Ensino da Regional Centro-Oeste (Deco). Eles foram pedir apoio às autoridades competentes. Segundo os estudantes, a escola está depredada, abandonada, os professores faltam às aulas e o diretor é omisso aos problemas apresentados.

O site GD procurou Pedroso para uma entrevista. Mas, conforme ele, a Secretaria Estadual de Educação não o autorizou a se pronunciar. A carta-resposta, escrita por alguns professores da escola, foi enviada hoje pelo diretor à nossa redação.

Segue a carta na íntegra:

Nós, professores, funcionários, pais, e alunos representantes de classe, sentindo-nos diretamente ofendidos diante das injustas acusações feitas por poucos alunos (respaldados por pessoas que querem denegrir a imagem da Escola e de todo um sistema) vimos por meio deste protestar contra as injustas acusações publicada pela FOLHA-ON-LINE, no dia 15/06/2004, assinada por Veridiana Novaes.
O artigo faz acusações levianas ás quais gostaríamos de refutá-las uma a uma pela ordem em que foram colocadas:

1- O Sr Diretor Wilson Roberto Pedroso não é uma pessoa omissa, sempre esteve presente em todos os eventos da Escola, cumpre seus horários, atende com presteza os professores, funcionários, pais e alunos. É inteligente, criativo, comprometido com a Educação, aberto ao diálogo e um cumpridor das normas que regem o Ensino Público do Estado. Sempre que necessário chamou a polícia, fez B.O, procurou juizes de menores, documentou-se e muitas vezes assumiu funções de funcionários e professores para o bem da Escola. É uma pessoa alegre e comunicativa, conquistou a todos em pouco tempo, criou um ambiente de responsabilidade e companheirismo fundamentado no diálogo aberto.

2- Entendemos ser oportuno colocar que nesta Escola, contrariamente ao noticiado nos jornais do Dia 15/06/2004 sentiu que houve um aumento significativo da violência depois da implantação do programa da Escola da família, embora os frutos desse programa tem sido positivo. Segundo alguns educadores houve uma exposição excessiva das fragilidades da Escola ( Física e estrutural ) as invasões e roubos ocorreram de madrugada e por sua vez os policiais são sempre duramente criticados por tudo que fazem: se revistam os alunos ou não; se são enérgicos ou complacentes; se entram na Escola, ficam no pátio, na rua, na praça, etc...

3- Vandalismo – Realmente, a Escola está toda pichada, seja, com carteiras e cadeiras depredadas.

As diversas tentativas de restaurá-las sempre foram frustradas e ultimamente manifestações de rebeldia e insatisfação estão acontecendo com mais freqüência em revolta ao trabalho de prevenção e coibição quanto ao uso de cigarros, bebidas e drogas.

A Direção tem se empenhado na identificação dos alunos através de carteirinhas escolares, não permitindo a entrada de pessoas estranhas à Escola, bem como a cabulação de aulas.

Além da aparência degradada há problemas estruturais graves como vazamento, fiação antiga, goteiras etc. ( devidamente enumeradas no documento.....).

Em momento algum o Diretor pode ser culpado por isso, uma vez que quando ele aqui chegou os problemas já existiam e a reforma já havia sido concluida.

4- “Aulas defasadas” Os alunos reclamantes não têm razão, não entram na sala de aula há semanas. São faltosos, omissos, descompromissados, ( fichas anexas ).
Os professores são efetivos ( a maioria ) não faltam, e quando faltam avisam a direção, deixam matéria e quase sempre há professores eventuais. Raramente os alunos ficam em aula vaga, e muitas vezes o próprio Diretor entrou na classe para dar aula.

5- Os alunos deixam claro em seu manifesto que o ensino da Escola está decadente e que a associação Fênix é que faz a diferença com suas oficinas de maracatu, fotografia, mangá e projeto guri , só que no nosso entender o Projeto Guri pertence à Secretaria da Cultura ) e que acontece em outras escolas sendo sempre muito significativopara todos os envolvidos.

6- Ficamos chateados uma vez que em momento algum eles mencionaram o excelente aproveitamento do Alves Cruz no Saresp, realizado em novembro de 2003. ( Como mostram os gráficos da Secretaria de Educação ). Certamente essas notas são fruto do trabalho em sala de aula de todos Os professores que têm a árdua missão de ensinar Português, Matemática, línguas, Física, Química, Filosofia a todos os alunos interessados ou não,em classes super lotadas , então, aqui cabe a pergunta, quem é que faz a diferença? O BOM resultado do Saresp não é fruto de uma meia dúzia de alunos que tocam e fazem capoeira e maracatu uma vez por semana, muito menos pelos desenhos de mangá, etc... O Fenix tem seus méritos, sim, mas no lazer e no fazer cultural que as oficinas propiciam a comunidade e aos poucos alunos que delas participam. O pedagógico quem faz são os profissionais pagos e orientados pela Secretaria da Educação, que constroem sua história hora por hora, dia por dia, ano por ano, com todos os alunos.

Se o intuito desses alunos é afastar o Diretor dessa Escola , o nosso é mantê-lo.
Um profissional se faz com experiência, sensibilidade, estudo, competência. e com alguém que acredita nos frutos da Educação Pública, pois além de profissional da Educação, é pai de duas adolescentes que sempre estudaram na Rede pública Estadual por opção.

A Delegacia de Ensino tem o dever de averiguar os fatos e pesquisar quais são os verdadeiros interesses de quem dá respaldo a tão inconseqüentes e maldosas acusações.

Estamos enviando cópia ao Excelentíssimo Sr Governador Geraldo Alckimin do Estado de São Paulo ao Presidente da Assembléia Legislativa, ao Digníssimo Secretário da Educação Sr Gabriel Chalita, à Dirigente Regional de Ensino Sr.ª Sonia Maria M. de A. Scaglioni, à Supervisora de Ensino Sr.ª Maria Cecília Mello Sarno.

Leia o texto publicado:
- Alunos de escola pública fazem passeata por seus direitos

 
 
 

notícias ANTERIOREs
22/06/2004 Curso forma diretores de arte para melhorar São Paulo
21/06/2004
Jardim Brasil não está entre os mais carentes
15/06/2004
Alunos de escola pública fazem passeata por seus direitos
15/06/2004
Muro será transformado em mostra de arte pública
14/06/2004
Marta entregará 25% das bases previstas
14/06/2004
Programa de construção teve verba reduzida
09/06/2004
Corte de árvores vira batalha judicial
0 7/06/2004
Marta inaugura 3ª escola em aldeia indígena
07/06/2004
Lazer na Paulista interditada atrai 25 mil em SP
04/06/2004
Vila Madalena realiza torneio de futsal para a comunidade