Trabalhadores
buscam democracia no chão da fábrica, diz especialista
Rodrigo Zavala
Equipe GD
Você já
ouviu falar da nova revolução capitalista? Não
menos radical, porém mais igualitária, a democratização
na tomada de decisões das empresas é uma tendência
e mostra-se bastante viável para o chamado "chão
da fábrica".
Um dos maiores
defensores dessa nova relação de trabalho é
Seymour Melman, professor emérito de engenharia industrial
da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade
de Columbia e um dos mais conceituados pesquisadores das relações
de trabalho dos Estados Unidos.
Em entrevista
ao periódico carioca Jornal do Brasil, Melman afirma que
os trabalhadores estão demandando uma maior influência
nas tomadas de decisões das empresas no que concerne a cinco
aspectos fundamentais de sua vida - as condições do
grupo a que pertencem, o tempo de trabalho, a divisão do
trabalho, performance e salários. É o que ele chama
de democracia no ambiente de trabalho.
Contra a perda
de poder de influência sobre suas vidas e as economias em
que vivem, diz Melman, os trabalhadores respondem com ''um processo
social natural''. Este processo, revela, está assumindo a
forma de uma democracia no ambiente de trabalho, em que ''os trabalhadores
vão agir uns com os outros e discutir o que gostariam de
ver mudar'' e, ''se chegarem a um acordo entre eles, aí sim
vão pressionar o empregador pelas mudanças nas relações
entre eles''.
Não deixa
de ser correta a idéia de que, ao tomar a postos de comando
entre eles, os trabalhadores o fazem de forma não hierárquica.
Essa é a base da democracia e aponta para uma tendência:
de dividir o produto social com menos desigualdade.
|
|
|
Subir
|
|
|