Demandas
locais devem nortear políticas públicas
Rodrigo Zavala
Equipe GD
"Dinheiro
não tem idéias. É a comunidade que conhece
sua realidade e pode criar iniciativas capazes de satisfazer suas
demandas". Foi o que afirmou a socióloga Tania Zapata,
durante palestra realizada no terceiro dia de trabalhos da Conferência
Nacional 2002 - Empresas e Responsabilidade Social, em São
Paulo (SP). Ela participou do painel sobre Políticas Públicas,
onde se discutiu como a ação articulada entre empresas,
sociedade civil e Estado podem gerar benefícios à
sociedade.
Ao defender
a priorização de investimento em capital humano, a
socióloga deixou claro que qualquer política pública
deve estar basicamente ligada a vivência da comunidade local.
"Se a iniciativa partir de decisões verticais do governo,
estará fadada ao fracasso", alertou.
Segundo ela,
o principal é diagnosticar as deficiências da população
e verificar sua capacidade empreendedora. O segundo passo, é
capacitá-la, juntamente com os representantes do poder público
e empresários, para criar redes de gestão participativa.
"A idéia é que todos os atores sociais se articulem
em um interesse comum".
O painel contou
também com a participação do economista Ladislau
Dowbor, que orientou o debate. "Uma coisa é uma empresa
que possui projetos socialmente responsáveis, outra é
como ela se insere no processo de humanização e desenvolvimento
social de sua comunidade", disse, ao criticar a pontualidade
das ações empresariais.
Tal como Tania
Zapata, o economista acredita que um passo importante para a concretização
de iniciativas de desenvolvimento locais é descentralizar
os recursos provenientes da União. "Quanto mais perto
daqueles que precisam dos recursos, menos desvios de verbas existirão."
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