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Dia 26.04.00 às 17h43
 

 

Greves e manifestações tentam reacender 1.º de Maio

Na semana que precede o Dia do Trabalho, o sindicalismo brasileiro encara seu enfraquecimento. A própria Central Única dos Trabalhadores (CUT) reconhece o processo e aponta o desemprego como principal causa. A entidade promoverá uma série de manifestações até o dia 1.º, na tentativa de reacender o movimento.

Os atos devem reivindicar ações contra o desemprego e a diminuição da carga horária semanal de 44 para 40 horas semanais. "O fim do trabalho é uma utopia reacionária", comenta Marcelo Sereno, secretário de organização da CUT. O que ocorre, segundo ele, é exatamente o contrário: cada vez se trabalha mais por menor remuneração.

Estão paralisados, nesta semana, os fiscais da Receita Federal, os professores e funcionários das universidades estaduais paulistas e os funcionários da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de São Paulo e Rio de Janeiro. Os caminhoneiros anunciam que irão protestar nas estradas, sem realizar bloqueios, na própria segunda-feira.

(Cristina Mori)


Estudo analisa as relações trabalhistas no setor terciário

Uma realidade, que deu seu primeiro sinal de vida nos anos 70, está sendo encarada de frente pelos sindicatos de trabalhadores: o aumento do setor terciário. Um estudo qualitativo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), desenvolvido por iniciativa das Centrais Sindicais, aponta as conseqüências do surgimento de novas formas de contratações: a carteira assinada cada vez mais distante dos trabalhadores e o trabalho mais diversificado e de ritmo mais intenso.

"O desenvolvimento do setor terciário não enfraquece o movimento sindical, mas altera sua capacidade de incorporação dos trabalhadores", analisa Marcelo Sereno, Secretário de Organização da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Para ele, o movimento sindical terá que mudar sua forma de organização.

A PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo), realizada pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), aponta a tendência há vários anos: o emprego industrial era responsável, em 1985, por 33% de toda a ocupação. Em 1998, caiu para menos de 20%. As lacunas fora incorporadas, na maioria das vezes, pelo setor de serviços. O mesmo setor manteve-se estável de fevereiro a março deste ano, enquanto a Indústria fechou 11.000 vagas.

(Alexandre Sayad)

Está deflagrada a Belíndia do trabalho

Enquanto um especialista faz uma retrato amargo da situação do trabalho no país no contexto da globalização, outro acredita que estamos no mesmo caminho das nações desenvolvidas, onde a "caça aos talentos" coloca os mais preparados na frente.

A pesquisa "Globalização e emprego: O Brasil na nova Divisão Internacional do Trabalho", do professor de Economia da Unicamp Márcio Pochmann, faz duras críticas ao modelo econômico de abertura ao capital estrangeiro adotado no país desde 1990.

O estudo mostra que quase 80% dos investimentos das companhias transnacionais se concentram em seus países de origem, e que a parte mais sofisticada da produção (que precisa de cargos mais qualificados) acaba ficando na matriz.

Essa tese aparece nos números: estatísticas do Ministério do Trabalho indicam que houve no Brasil, entre 90 e 98, uma perda de 12,3% de postos de trabalho qualificados e um crescimento de 14,2% de vagas não qualificadas. Ou seja: de nada adianta o país investir em educação se não houver oportunidades para profissionais mais preparados.

A posição de Pochmann contrasta com a do professor da USP José Pastore, que acredita que as empresas estão sentindo falta de mão de obra especializada, e que a "guerra de talentos", deflagrada nos Estados Unidos e Europa, já começa a chegar por aqui. Pastore baseia sua opinião em uma pesquisa do Senai-SP que constata que haverá falta de pessoal qualificado em telecomunicações entre 2000 e 2003 no país.

(Natasha Madov)

Senado dá status legal a e-mail

A Comissão de Educação do Senado aprovou ontem (25/04) o projeto de lei do senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), que regulamenta o comércio eletrônico. Na prática, isto quer dizer que transações de comércio eletrônico passam a ser amparadas pela lei e o e-mail passa a ter validade legal. Outro dispositivo aprovado no projeto é que assinaturas eletrônicas também serão consideradas autênticas, desde que utilizado algum método confiável de identificação. É o poder público correndo atrás da nova economia.

(Natasha Madov)

 

 
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