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Milton Nascimento leva a vida mineira ao festival do rock
da Folha Online
O mineiro Milton Nascimento começou nos bares da noite de Belo Horizonte tocando jazz e bossa nova com um contrabaixo. Auto-didata, suas influências musicais vieram do rádio. Ouvia de tudo, sem preconceito.
Companheiro do pianista e maestro Wagner Tiso, Milton integrou o grupo “Luar de Prata”, uma versão brasileira dos americanos “The Platers” e, com isso, percorreu o interior de Minas Gerais com seus shows.
O grupo cresceu e virou “W’s Boys”, onde Milton usava o pseudônimo “Wiler”. O cantor participou dos grupos “Evolusamba” e “Sambacana”, antes de começar a compor com Marcio Borges, usando em seus temas o barroco mineiro, até então inexplorado na música brasileira.
Com a explosão dos festivais de música Milton se mudou para São Paulo. Em 1965, teve a primeira música gravada pelo grupo “Tempo Trio”, a instrumental “... E a Gente Sonhando”.
Em 1967, teve três músicas classificadas no Festival Internacional da Canção. Foi quando “Travessia” se transformou em hino de uma geração.
Milton cantou com a argentina Mercedes Sosa, com o cubano Pablo Milanés e fez apresentações internacionais em palcos como os do Blue Note, Carnegie Hall, Avery Fischer Hall, Le Palaace, Festival de Montreaux, Montreal e o JVC novaiorquino, entre outros.
Por duas vezes, Milton ganhou o título de “World Best Artist of The Year”, concedido pela revista “Down Beat”, e chegou ao primeiro lugar na lista de “World Music” da “Billboard”, a maior parada musical do mundo.
Em 1998, Milton Nascimento ganhou o Grammy.
No ano passado, gravou um CD com Gilberto Gil e foi aos palcos com o companheiro, em um encontro inédito.
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