Do lazer à profissão

Cursos ajudam a melhorar fotografias; já é possível fazer graduação na área

Os interessados em se aperfeiçoarem em fotografia têm várias opções no mercado, que possibilitam a formação básica ou até a profissionalização. A jornalista Iriz Medeiros é um exemplo. Apaixonada por fotos, ela buscou, em instituições de ensino, apoio para qualificar o resultado de seu hobby.

Ela freqüentou, durante dois anos, o Curso de Formação Fotográfica da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em São Paulo, e concluiu o curso livre de Fotojornalismo no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). "Eu queria estudar e praticar mais fotografia. Por isso, procurei os cursos. São uma ótima alternativa para quem quer conhecer mais da área e está começando", afirma. Esse começo está servindo de incentivo para Iriz continuar adquirindo conhecimentos. Ela já estuda a possibilidade de fazer uma especialização na área.

O fotógrafo profissional Eduardo de Sousa começou na profissão por acaso, fazendo fotos na metalúrgica em que trabalhava. O objetivo era ajudar nas publicações internas da empresa. "Me deram uma máquina, disseram para eu deixar a abertura regulada como estava e jogar o flash, que, assim, daria tudo certo", lembra. O interesse foi aumentando e ele realizou dois módulos do curso básico do Senac. "O curso é ótimo, os professores são altamente capacitados e é uma boa alternativa para começar", afirma.

O curso de Formação Básica em Fotografia oferecido pelo Senac é o campeão de procura na instituição, segundo a coordenadora da área de Fotografia, Rosana Benetton. Ele é dividido em três módulos, de 60 horas cada, com aulas duas vezes por semana.

Fabiano Denardin

Iris aposta na formação profissional

Profissionalização

Foram os cursos básicos e a grande demanda por eles a inspiração para o Senac constituir a primeira faculdade de Fotografia do Brasil. "Quando criamos o curso de graduação em fotografia, nossa expectativa era de que o público seria composto por pessoas que já atuavam na área. No primeiro ano isso se confirmou, mas hoje 80% dos estudantes são jovens egressos do Ensino Médio", conta Rosana. Atualmente, 270 alunos estão matriculados no curso de graduação, que têm duração de quatro anos. Os vestibulares reforçam o interesse do público pela área: a média no último concurso foi de 3,5 candidatos/vaga para o turno da manhã e de quaro pretendentes por vaga para o turno da noite. Para ingressar no curso, não é exigido do aluno um conhecimento prévio. "Todas as pessoas de qualquer área têm condições de desenvolver habilidades. É claro que uma aptidão artística, por exemplo, pode facilitar, mas o aluno vai aprender tudo aqui dentro", garante Rosana.

Entre as disciplinas do curso estão a Informática --fundamental, em decorrência do avanço da tecnologia. "O caminho em direção às digitais é irreversível; elas estão entrando em todas áreas", diz a coordenadora.

O aluno de fotografia pode optar por dois caminhos: o da Fotografia Aplicada, em que vai estudar para produzir fotografias para jornais e peças publicitárias; e a habilitação em Arte e Cultura, na qual o estudante é preparado para trabalhar aspectos estéticos, históricos e culturais das fotografias, e atuar em museus, organização de exposições, etc. O Senac também oferece o curso de pós-graduação lato sensu em Fotografia, com duração de 20 meses.

Opções para todos

Várias instituições oferecem cursos de fotografias, básicos ou avançados. Confira abaixo alguns sites que podem ajudá-lo:

Abra
(www.artistica.com.br/abra)

Senac São Paulo
(www.sp.senac.br)

Focus
(www.focusfoto.com.br)

Imagem-Ação
(www.olhar.com.br)

Techimage
(www.techimage.com.br)