Turismo

"Qualquer pessoa pode praticar", diz Roberto Rocha

da Folha Online

Roberto Rocha pretende, ao voltar para o Brasil, escrever dois livros, um sobre cicloturismo e outro sobre a viagem propriamente dita. Em relação à prática de pedalar por países desconhecidos, o ciclista vê um certo medo infundado, somado à falta de informação, impedindo a difusão da prática entre os brasileiros.

"Há uma certa idéia de que o cicloturismo é coisa para 'atletas', o que não corresponde à realidade. É claro que é exigida uma certa resistência e um pouco de preparo físico, mas qualquer pessoa pode praticar, independentemente de sexo ou idade. Ao longo da viagem, encontrei mais de cem cicloturistas (e pedalei com quase dez), em diferentes países, de diferentes países, de diferentes idades, homens, mulheres, casais, grupos etc. Vi inclusive um casal de neozelandeses com mais de 50 anos, pedalando no Laddak, a 4.500m de altitude", afirma Roberto.

O ciclista diz ainda que não há necessidade de fazer todo o trajeto de bicicleta, em situações de dificuldade ou cansaço, é fácil tomar um trem ou até mesmo um ônibus com a "magrela". "Faz parte da aventura, principalmente quando se toma um ônibus em países como Índia, Paquistão, Nepal ou China. O grande lance do cicloturismo é que você tem liberdade de movimento. Se a 'bike' te deixa na mão (o que é raro por se tratar de um mecanismo muito simples), você estica o polegar e pega uma carona sem ter de deixá-la para trás", diz.

Apesar da apologia ao "ciclismo viajante", Roberto ressalta que cuidados básicos são muito importantes para quem quer cair na estrada. "O planejamento e a segurança são fundamentais. É sempre bom conseguir o máximo de informações possível antes de iniciar um trajeto. Mapas e guias de viagens são uma referência, mas nem sempre confiáveis. Perguntar é bom: para o povo local, outros ciclistas, motociclistas, etc. Assim se evita situações de estresse, que podem estragar uma viagem", aconselha.

Trechos da entrevista virtual

  • São Paulo (o início)
  • De São Paulo a Recife
  • Portugal (a chegada a Europa)
  • França
  • Tunísia
  • Irã
  • Vietnã (a briga na rua)
  • Entre o Paquistão e a China (a cadeia do Himalaia)
  • Índia pelas montanhas (uma das pedaladas mais difíceis)
  • Nepal
  • Oriente Médio (do Egito ao Curdistão)
  • Tailândia (as aulas de inglês)


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